CNA destaca sustentabilidade do agro brasileiro em evento na Bahia

A assessora técnica da Comissão Nacional das Mulheres do Agro da CNA, Liziana Maria Rodrigues, também participou do encontro

A assessora de Sustentabilidade da CNA, Jordana Girardello, falou sobre a sustentabilidade da agropecuária brasileira durante o 2º Encontro de Mulheres do Agro Baiano, que recebeu mais de 450 mulheres representantes do setor no estado.

A assessora técnica da Comissão Nacional das Mulheres do Agro da CNA, Liziana Maria Rodrigues, também participou do encontro, realizado durante a programação do e-Agro 2024, evento sobre inovação e sustentabilidade, em Salvador (BA).

Sustentabilidade no agro

Jordana destacou o desenvolvimento da produção agropecuária brasileira por meio da tecnologia e frisou a importância da disponibilidade de terra e água para garantia da segurança alimentar mundial, levando em consideração o aumento populacional até 2050, segundo dados da FAO.

Ela abordou ainda os impactos das mudanças climáticas e as soluções do agro para continuar produzindo alimentos, como a aplicação de tecnologias de baixa emissão de carbono, entre elas, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, recuperação de áreas degradadas, entre outros.

Segundo Jordana, o Brasil utiliza apenas 30,2% de sua área para produção agropecuária, mantendo 66,3% de área preservada com vegetação nativa.

“O Brasil dedica à vegetação nativa uma área equivalente à superfície de 48 países e território da Europa. São 564 milhões de hectares protegidos e preservados”, disse.

“Em comparação com outros países, o Brasil ocupa apenas 7,8% do solo com lavouras e mesmo assim a produção continua crescendo, é o que chamamos de efeito poupa terra: aumento de produtividade sem abertura de novas áreas.”

Jordana lembrou ainda do compromisso do produtor rural brasileiro com o Código Florestal e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Segundo ela, são mais de 7,2 milhões de produtores cadastrados, mas apenas 27% passaram por algum tipo de análise e, desses, 1,4% teve a análise concluída.

Na avaliação da técnica, existem gargalos para que o processo de análise avance, como a falta de estrutura dos órgãos estaduais de meio ambiente, falta de profissionais qualificados para o trabalho e problemas no Sistema de Cadastro (Sicar).

“Como consequência da falta de regularização ambiental das propriedades, o produtor sofre para acessar crédito rural e mercados para seus produtos”, observa.

A assessora técnica destacou ainda que para contribuir com a implementação do Código Florestal, a CNA e parceiros desenvolvem projetos e programas como o RetifiCAR e o Pravaler, que buscam destravar a regularização ambiental das propriedades por meio de ações estratégicas junto aos produtores rurais.

Conferência do Clima

Jordana Girardello também citou a participação da CNA na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP29), na próxima semana em Baku, no Azerbaijão.

Segundo ela, a adaptação às mudanças climáticas, mercado de carbono, financiamento, trabalho conjunto de Sharm El Sheikh, compromisso global para redução do metano, sistemas agroalimentares e comércio internacional serão os principais temas abordados no evento.

“A CNA tem atuado junto ao Governo Federal para levar o posicionamento do agro brasileiro nas negociações internacionais e divulgar as práticas sustentáveis do agro para a comunidade internacional. Além disso, a CNA atua junto aos negociadores brasileiros para garantir a defesa do produtor rural nas negociações sobre mudanças climáticas na COP29”, finalizou.

Fonte: CNA
Fotos: Divulgação/CNA

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