Acordar com o som dos pássaros num tradicional casarão de 1715, todo reconstruído em 2006, mantendo suas características originais.
Sentir o raio de sol e a natureza se abrir, aguardando para um café da manhã colonial inesquecível. Essa é apenas uma das diversas e maravilhosas sensações que vivi nesta experiência em Minas Gerais. Cavalgada em trilhas em meio a natureza exuberante, cachoeiras lindas, yoga, obras de arte de tirar o fôlego, alimentação de dar água na boca e outras surpresas incríveis!
Na primeira manhã de cavalgada, fizemos o Circuito das Águas – Algumas das principais atrações na Fazenda são as cachoeiras e piscinas naturais formadas pelas águas cor de Coca-Cola. O tom avermelhado e transparente da água é devido à decomposição da matéria orgânica vegetal e à presença de compostos de ferro.
Essas cachoeiras são formadas por águas que entranham pela mata, deslizam entre pedras e fendas e dão origem ao Lago Negro, às Cachoeiras do Engenho, do Gritador e da Lage, e as Piscinas naturais que são pequenos poços, ideais para banho. A tarde é claro, deixamos os cavalos e fomos para a água!
No segundo dia, fizemos a trilha da Pedra do Gavião, no meio da floresta em trilhas de pedra, subidas íngremes, atravessando riachos e matas fechadas até o topo da Pedra do Gavião, que fica a cerca de 1.500 metros de altitude. Do mirante, temos uma vista privilegiada para o Parque Estadual do Ibitipoca, cachoeiras, a sede da Fazenda e alguns povoados como Mogol, Lima Duarte e Bias Fortes.
No caminho, passamos pela árvore dos Sete cavaleiros, que é um antigo exemplar de ‘Sapopemba’, com tronco imenso e oco onde podemos adentrar, dizem que sete pessoas conseguem abraçar o tronco da árvore. A trilha termina a 1580 metros de altitude no famoso Pico do Garnet.
No terceiro dia a cavalgada seguiu para o Areião. Durante o percurso belíssimas paisagens com pouca ou nenhuma influência do ser humano. Paramos para um delicioso almoço mineiro na Fazenda da Boa vista, casa antiga que permanece com a estrutura original e possui um viveiro com papagaios do peito roxo, espécie que está em extinção.
Esta noite dormimos no Areião uma fazenda com estrutura parecida com a da sede da Fazenda, com banheira e ducha ao ar livre, porém muito mais simples. No dia seguinte, o nascer do Sol mais bonito da região, e saímos para o retorno a sede da fazenda. No caminho passamos pelas sete quedas (cachoeira mais alta da Fazenda), onde deságua a cachoeira “Janela do céu”.
Em nosso último dia, cavalgada seguiu para conhecer o povoado Mogol, pequeno e tradicional povoado da região que mantém suas características originais. É um percurso com belas vistas com o encontro das águas, vales, lindas cachoeiras e contato com a cultura local de pessoas que ainda vivem em suas casas em meio às montanhas. No caminho passamos pelo Pamonan, uma trilha de areia branca que entra na mata, seguida por uma sequência de cachoeiras consideradas as mais bonitas da Fazenda.
Uma cavalgada que une simplicidade e sofisticação. Uma experiência encantadora e surpreendente!
Por Paulo Junqueira Arantes
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