Cavalgadas, Mulheres e Cavalos

Paulo Junqueira, em sua coluna da semana, escreve sobre mulheres e a relação delas com os cavalos e as cavalgadas

As mulheres estão presentes em todas as atividades humanas e no universo dos cavalos, essa realidade a nível mundial já é predominante. Assim, no Brasil ela está cada vez mais assumindo seu espaço, ocupando lugar de destaque na criação e nas atividades esportivas.

Voando Sem Asas – Como os Cavalos Tocam a Alma das Mulheres

Então, como bem explica Mary Midkiff em seu livro “Voando Sem Asas – Como os Cavalos Tocam a Alma das Mulheres”, mais do que se destacar, a mulher cultiva uma relação muito especial com os cavalos, que transcende o simples fato de montar o animal. Trata-se de um dom de extrema percepção e sensibilidade.

Cavalgada também é uma atividade em que as mulheres se destacam. Após 20 anos de estreita relação com amazonas de todo o mundo, estou convencido de que a razão mais importante para a proeminência feminina nas cavalgadas é sua capacidade de se relacionar com os cavalos, sua sensibilidade e paciência.

Bem como, cerca de 70% dos clientes de minha agência de viagens a cavalo, Cavalgadas Brasil, são mulheres. Elas tendem encontrar um relacionamento fácil com os cavalos, naturalmente se preocupam com o bem-estar físico e psicológico deles e são extremamente cuidadosas.

Mulheres guias de cavalgadas

Muitas mulheres ao redor do mundo são guias de cavalgadas, dessa forma destaco algumas com quem tive oportunidade de cavalgar. Laura Rosseti, que além de guiar entre cafezais na região de Mocóca e Guaxupé é juiza de atrelagem; Tammy Robaina que guia uma famosa Travessia na Patagonia Argentina; a Cristina Glenz que deixou uma bem sucedida carreira de executiva no Brasil para guiar suas cavalgadas no Uruguai; a Ingeborg Hernes que deixou seu emprego na Holanda para se tornar guia na Namíbia e a Barney Bestelink que aprendeu a montar no Quênia, estudou na British Horse Society, competiu em eventos internacionais de equitação e a mais de 30 anos é uma das mais reconhecidas guias de safaris a cavalo na África.

Por fim, na idade média, quando os cavalos eram um símbolo de poder, existia quase que um monopólio masculino na equitação. Mas nem sempre foi assim, na Grécia antiga quando sabiam muito sobre a natureza humana, a mitologia sobre as mulheres cavaleiras era muito rica. A Mongólia tem mais cavalos que pessoas, quando estive lá, pude observar que as mulheres participam das atividades e cuidados dos cavalos junto com os homens.

Por Paulo Junqueira Arantes
Cavaleiro profissional e Diretor da agência Cavalgadas Brasil
www.cavalgadasbrasil.com.br

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