Das areias do Saara para as montanhas do Alto Atlas, o Marrocos oferece uma grande variedade de paisagens
No extremo sul, encontra-se o deserto do Saara, com seus oásis com palmeiras e comunidades berberes. No itinerário da cavalgada tivemos oportunidade de visitar cidades exóticas com seus souks coloridos e Kasbahs, passando por aldeias berberes muito antigas, cuja cultura agrícola está muito ligada ao cavalo.
Percorremos algumas das mais belas áreas do deserto marroquino, fora das trilhas turísticas. Cavalgamos entre tamargueiras (cedro do deserto) e dunas de areia e muitas vezes encontramos alguns nômades no caminho, tivemos oportunidade de ver deslumbrantes paisagens no deserto do Saara, com suas dunas intermináveis e falésias majestosas no fundo.
Em nosso caminho passamos pelo planalto Chouiref, pela aldeia deserta de N’Oubahllou, pela aldeia de Taghaoucht-n-Jdaid e pelas dunas alaranjadas do Remlia. Dormimos cada noite num riad confortável ou Lodges em pequenas comunidades no deserto, em geral, propriedades pequenas, com apenas quatro ou cinco quartos. Um roteiro perfeito para quem deseja a experiência do deserto, sem abrir mão do conforto.
Nossos cavalos da raça Árabe Berbere, muitos bem treinados, se comportaram bem na trilha, a única coisa que precisamos cuidar foi lembrar sempre de manter uma distância dos outros cavalos, pois eram todos garanhões.
Alguns estudos dizem que os cavalos Berberes descendem de cavalos selvagens, do norte da África, que sobreviveram à era glacial, como demonstram pinturas rupestres e monumentos onde os cavalos aparecem. O sangue Berbere está na formação de várias raças na Europa, como o Andaluz e também, na formação das raças brasileiras Mangalarga e Crioulo.
Por Paulo Junqueira Arantes
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