O Marajó faz a gente se sentir entrando em um universo parecido com o de Macondo, do romance ‘Cem anos de solidão’ de Gabriel García Márquez.
A ilha de Marajó, no Pará, tem cerca de 40 mil km², equivalente ao tamanho da Suíça, uma das maiores ilhas flúvio-marítimas do mundo. Povoada por indígenas desde 1.100 a.C, conserva até hoje uma aura de genuinidade. Com casas modestas e carroças puxadas a búfalo, ilha amazônica tem clima pacato e moradores hospitaleiros.
As fazendas que percorremos durante a cavalgada têm, no total, mais de 30.000 hectares, com mais de 15.000 bovinos (bubalinos e bovinos Brahman) e mais de 1.500 cavalos (raça marajoara e raça puruca). O acesso para as fazendas é de barco.
No primeiro dia, a lancha segue pelo Furo Miguelão, canal artificial, aberto sob a floresta de manguezais na primeira metade do século 20 para encurtar a navegação entre as fazendas da região. Hoje é um lugar perfeito para encontros com a natureza selvagem.
Se tivermos sorte, do Furo, podemos avistar macacos guariba/bugio, capivaras, preguiças, ariranhas, além de algumas espécies de pássaros, como maguaris, garças brancas e azuis, guarás vermelhos, mergulhões, patos selvagens.
No segundo dia, antes de sair para a cavalgada, a programação tem pesca de Pirarucu. Ele é um dos maiores peixes de água doce do mundo, atingindo três metros e mais de 100 kg. O que pesquei tinha cerca de 20 kg. No último dia não tem cavalgada, passeamos em Belém, cidade amazônica com muitas atrações.
Por Paulo Junqueira Arantes
Cavalgadas Brasil