Celebração tradicional portuguesa, a Cavalhada chegou ao país pelas mãos dos nossos colonizadores e hoje é tradicional no Paraná, Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul, celebrada durante as festividades do Divino Espírito Santo.
A festividade consiste em uma encenação de uma batalha medieval, em que cristãos e os mouros (mulçumanos) se enfrentam. Na batalha, a rainha dos mouros é sequestrada, e será devolvida apenas após a conversão do povo ao cristianismo.
Na encenação, 12 cavaleiros de cada lado, vestidos com trajes típicos e acompanhados por seus auxiliares, entram na arena para encenar a batalha.
Poconé, no Mato Grosso, mantem viva a tradição, e a população se divide entre os que preferem os cristãos e os mouros, divisão essa que é passada de pai para filho.
Diz a lenda que a batalha teve início na época dos Medievais, e que a guerra se deu devido à conquista de território. Os cristãos teriam perdido terras e entravam na batalha para reconquista-las.
Além da rainha, os personagens principais são os cavaleiros, vestidos de azul (cristãos) ou vermelho (mouros) e armados de lanças e espadas. A corte é representada por personagens como o rei, o general, príncipes, princesas, embaixadores e lacaios, todos vestidos com ricas fantasias.
Cavalhadas no Brasil
As Cavalhadas chegaram ao Brasil no século 20, com o objetivo de evangelização dos moradores do país.
Em Pirenolopolis (Goiás), a festa ainda resiste ao tempo. A Cavalhada da região inclui também personagens mascarados que representam o povo. Vestindo roupas coloridas e montando cavalos enfeitados, eles saem pelas ruas a galope, fazendo algazarra.
A encenação dura três dias, cada um deles com uma batalha. Ao final, os cristãos vencem os mouros, que acabam se convertendo ao cristianismo.
No Mato Grosso, a cidade de Poconé realiza a festividade no mês de junho. Considerada uma das maiores manifestação artísticas e culturais do estado de Mato Grosso, simula uma batalha cheia de provas e com um colorido exuberante.
Em Guarapuava no Paraná, cavaleiros, de lados opostos do campo, se entregam a uma série de competições equestres (sortes), oferecendo os troféus às suas “damas”. Duas bandas de música acompanham o espetáculo: a de “pancadaria” ou “infernal” apupa os faltosos e a outra toca em louvor dos vencedores.
No Rio Grande do Sul as Cavalhadas são realizadas principalmente em Cazuza Ferreira, distrito de São Francisco de Paula, Vacaria, Mostardas, Santo Antonio da Patrulha e Caçapava.
Por: Camila Pedroso
Fonte: G1/ Sua Pesquisa/ Fundação Joaquim Nambuco
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