Cavalos selvagens e a luta para não serem extintos

Também conhecidos como cavalos de Przewalsk, os cavalos selvagens ainda podem ser vistos em algumas áreas protegidas da Mongólia, China e Cazaquistão

Em reservas controladas e em alguns jardins zoológicos ainda é possível encontrar os cavalos selvagens, também conhecidos como cavalos de Przewalski. Trata-se da única espécie ainda existente destes antigos animais, que habitaram o planeta há milhares de anos. Seu nome, aliás, é uma homenagem ao explorador russo Nikolai Przewalski, que foi o responsável pela sua descoberta no final do século XIX, na região da Mongólia e da China.

Diferente das outras já conhecidas raças que foram domadas há mais de 5 mil anos, os cavalos selvagens nunca foram domesticados, além de possuírem características físicas distintas. Eles são mais robustos e compactos, com pernas curtas e fortes – medem entre 1,22 e 1,47 metro de altura contra 1,50 a 1,80 das outras espécies. A crina é mais ereta e escura, assim como a pelagem é geralmente de cor castanha clara a acinzentada, com uma faixa dorsal escura ao longo das costas.

Esses cavalos raríssimos vivem em áreas de estepes e pastagens abertas, onde se alimentam principalmente de gramíneas e outras plantas. Eles são animais adaptados a ambientes áridos e têm a capacidade de resistir a condições climáticas extremas, como invernos rigorosos e verões quentes.

Projeto criado para proteger os cavalos selvagens

Por volta do século XX, grupos preservacionistas europeus conseguiram evitar que os cavalos selvagens fossem dizimados por caçadores interessados na carne. Para isso, foi criado o Projeto Takh (cavalo selvagem na língua mongol) por meio de um acordo firmado entre entidades ambientalistas, com o World Wildlife Fund (WWF) à frente, e o Parque Nacional de Cévennes, no sul da França.

Saiba mais sobre o Projeto Takh.

Atualmente, existem populações reintroduzidas do Cavalo de Przewalski em algumas áreas protegidas da Mongólia, China e Cazaquistão. Esses esforços têm sido cruciais para preservar essa subespécie única e garantir a sobrevivência deste animal que é um importante símbolo da conservação da vida selvagem e da necessidade de proteger espécies em perigo de extinção. 

Por Wesley Vieira/Portal Cavalus
Foto: Divulgação/Projeto Takh
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