Pesquisadores encontraram em Umm el-Marra, no norte da Síria uma série de fósseis de esqueletos equinos. A ossada foi retirada de um complexo funerário real de 2600 a.C.
A descoberta, realizada em 2000, revelou que os ossos estavam longe de ser os cavalos que conhecemos, pois eles só chegaram à Ásia aproximadamente 500 anos depois. O misterioso animal foi batizado de kunga.
Os pesquisadores observaram que o animal estava representado em diversos materiais artísticos da época o que representava sua importância para a sociedade.
Entretanto, os pesquisadores queriam saber qual era a origem destes animais e, 20 anos após a descoberta, um grupo formado por arqueólogos, paleontólogos e geneticistas analisaram o DNA dos fósseis e descobriram que ele era um híbrido de burro e jumento-selvagem-sírio.
Este estudo foi publicado na revista Science Advances e é a evidência mais antiga da relação dos humanos coma criação de animais híbridos.
Ainda de acordo com o estudo, os povos dessa região queriam animais fortes, capazes de puxar carroças de guerra. Entretanto, os burro não se dava bem em situações de perigo e os jumentos selvagens eram impossíveis de serem domados. A solução encontrada foi o cruzamento dos dois animais.
O kunga se tornou símbolo de status na antiga Mesopotâmia, sendo oferecido como dote em casamentos reais, pois seus valores eram seis vezes maiores que os dos burros.
A mãe do kunga era uma burra e o pai um jumento e como em outras espécies hibridas, ela era estéril.
Outro híbrido, uma mula descoberta na Turquia, conhecido agora como o segundo mais antigo, teve suas origens reveladas em 2020 pelo mesmo grupo de pesquisadores.
Por: Camila Pedroso
Fotos: Divulgação
Fonte: gizmodo.uol.com.br/ umsoplaneta.globo.com
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