Como os cavalos se comunicam entre si: um idioma feito de gestos, sons e posturas

Expressões faciais, relinchos e movimentos corporais revelam sentimentos e intenções dentro dos bandos equinos

A comunicação entre cavalos vai muito além dos relinchos que costumamos associar a eles. Esses animais possuem um “vocabulário” próprio, formado por expressões faciais, sons variados e uma linguagem corporal rica, que garante a harmonia — ou o alerta — dentro dos grupos. Observar esses sinais ajuda criadores, cavaleiros e veterinários a entenderem melhor o comportamento e as necessidades de cada indivíduo.

Comunicação entre os cavalos

As expressões faciais são um dos principais canais de mensagem. Orelhas apontadas para a frente indicam atenção, enquanto viradas para trás sinalizam irritação ou desconforto. Narinas dilatadas e olhos arregalados podem denunciar surpresa, medo ou excitação, e o ato de mostrar os dentes — o chamado “flehmen” — ajuda o animal a captar odores importantes para o reconhecimento social ou reprodutivo.

Os sons também cumprem funções específicas. O relincho, por exemplo, serve para chamar companheiros ou marcar presença, enquanto bufadas rápidas podem indicar alerta. Há ainda resmungos baixos, comuns entre éguas e potros, que transmitem tranquilidade e proximidade.

A postura corporal completa o diálogo silencioso. Movimentos da cauda, tensão no pescoço, posição das pernas e até o ritmo da respiração revelam intenções. Um cavalo que balança o rabo de forma rápida pode estar irritado, enquanto um pescoço curvado e passos suaves são sinais de curiosidade e aproximação pacífica.

Entender esse repertório melhora a relação entre humanos e equinos. Ao respeitar os sinais emitidos, é possível evitar situações de estresse, reforçar vínculos e até favorecer o desempenho em treinos e competições. Afinal, por trás de cada gesto ou som, existe um convite para escutar o “idioma” dos cavalos — uma linguagem silenciosa que garante a convivência saudável dentro e fora das manadas.

Fotos: Reprodução/Unsplash

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