Você sabia que os Cavalos de São Marcos revelam história milenar?

Quatro estátuas de cavalos, forjadas em bronze no Século 4 a.C. fazem parte da história de conquistas de reinos, impérios e ducados da época

Quando tiver oportunidade de ir à Itália, visite na Basílica de São Marcos, em Veneza, os Cavalos de São Marcos. Verdadeiras relíquias históricas que encontram-se em exposição após milênios mudando de mãos e localização. São o único exemplo sobrevivente da Antiguidade Clássica de uma estátua monumental da Quadriga.

Além disso, essas antigas estátuas de Constantinopla são incomparáveis. Viajantes do tempo, forjadas em bronze pelo escultor grego Lísipo, réplicas ainda podem ser vistas da Praça de São Marcos, em Veneza, e em Paris, na França.

Lísipo foi um escultor grego do Século 4 a.C., um dos artistas mais apreciados em seu tempo. Quando jovem aprendeu sozinho a arte da escultura. Todos os seus trabalhos, característicos por figuras atléticas, de corpos vigorosos e fortes, foram feitos em bronze.

A encomenda da obra partiu de Caio Plínio Segundo, escritor, historiador, gramático, administrador e oficial romano. Ademais, ele era filho de um cavaleiro romano. As quatro esculturas que formam os Cavalos de São Marcos também são conhecidas como Cavalos de bronze de Constantino.

Cavalos de São Marcos: 4 estátuas de cavalos, forjadas em bronze no Século 4 a.C. fazem parte da história de conquistas de reinos, impérios

Viagens ao longo do tempo

Com uma história milenar, já no Século 2 a quadriga foi tomada pelo imperador Trajano, que as transportou para Roma. Instaladas sobre o Arco de Trajano. No Século 4, o imperador Constantino as teria enviado para Constantinopla, nova capital do Império. A obra ornamentou o Hipódromo de Constantinopla construído em 203.

Mudando de mãos novamente, os Cavalos de São Marcos, em 1203, chegaram a Enrico Dandolo, doge de Veneza. Ele se apoderou dos cavalos durante o saque de Constantinopla pela Quarta Cruzada e os transportou de volta para a península Itálica. Instalados, então, na fachada da Basílica de São Marcos – daí seu nome atual.

Mas outro imperador ainda se envolveria com os cavalos de bronze. Napoleão Bonaparte, então general chefe do exército que invadiu a península Itálica, na sua primeira campanha (1796-1797), tomou Veneza. Levou as estátuas para Paris e as colocou no Arco do Triunfo do Carrossel, construído entre 1807 e 1809.

Após a Batalha de Waterloo e a queda de Napoleão, a quadriga voltou para Veneza e à praça de São Marcos em 1815. O que se vê hoje dentro da Basílica, desde a década de 1980, são os cavalos originais, e as réplicas estão na fachada, com o intuito de proteger tão antigo patrimônio cultural.

Fonte: Wikipedia, guarientoportal
Crédito das fotos: Divulgação/Wikipedia

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