Confira dicas de iniciação a doma

Este processo pode começar desde o nascimento, nos primeiros contatos com o potro, garante o zootecnista

A fim de auxiliar criadores e proprietários iniciantes separamos algumas dicas de iniciação a doma. A princípio, vale destacar que uma palavra-chave define a relação homem e cavalo: confiança.  E como em todas as relações, para se ter a confiança um do outro são necessários alguns ingredientes. Entre eles, tempo, dedicação e respeito às particularidades de cada um.

De acordo com zootecnista e árbitro, Fabiano Bittencourt, a iniciação a doma deve ser feita com muita calma. Afinal, ela irá ser determinante em etapas futuras. Como, por exemplo, na própria doma e, depois, no treinamento do animal para uma determinada modalidade.

Entre as dicas de iniciação a doma, Fabiano cita o processo pode começar desde o nascimento, nos primeiros contatos com o potro. Logo após o nascimento os potros passarão pelo processo de desinfecção do umbigo. Neste manejo estão os primeiros contatos com o ser humano, então, é ideal agir com cuidado, respeitando as particularidades do indivíduo e seu bem-estar.

“Potro com uma semana de vida, não podemos agir de forma agressiva, agarrar o filhote. É importante que se tenha o cuidado de segurar a cauda para o lado, não forçá-la e com a outra mão perto do peito fazer com que ele sinta-se seguro”, pontua.

Período de desmame e uso do cabresto

Outra fase abordada por ele refere-se ao período do desmame. “É bom que os animais sejam desmamados em torno dos seis meses de idades, em duplas ou trios. É nessa fase que iremos iniciar o cabresteamento. Respeitando, sobretudo, as características de cada um. Alguns são mais calmos que outros. Nessa fase já começamos a perceber a índole.”, ressalta.

Segundo o especialista, o hábito de colocar cabresto nos animais mais jovens, antes do período de iniciação da monta, serve para que eles se acostumem ao instrumento, “Na verdade tudo que se faz no indivíduo jovem já é pensando na aceitação mais fácil no futuro, quando começarmos a trabalhar esse animal.”.

Uma dica do especialista é que a iniciação ao uso do cabresto seja acompanhada da técnica que ele chama de ‘corda em x’. O método consiste em utilizar uma corda que envolva o animal pela parte posterior, “A corda em “x” facilita porque a pressão é na região posterior, fazendo com que se mova pra frente sem forçar a nuca e o pescoço, regiões que são mais sensíveis e frágeis, com isso o animal aceita melhor o cabresteamento e não há perigo dele sofrer lesões no pescoço ou na nuca”, ensina Fabiano.

A lida com os equinos exige de todos os envolvidos, além de paixão, conhecimento. E Fabiano acrescenta: “Um bom adestrador de cavalos deve ter paciência, vontade de aprender e, principalmente dedicação e amor no que se faz”, finaliza.

Por Equipe Cavalus
Fonte: ABCCMM
Crédito das foto em destaque: Divulgação/H. Possebon

Veja mais notícias sobre o Mangalarga Marchador no portal Cavalus