Tendo em vista o vídeo que viralizou essa semana sobre a agressão ao cavalo em uma prova de Vaquejada, é preciso ressaltar cada vez mais a importância dos eventos oficializados ou oficiais.
Tanto um, quanto o outro possuem regras rígidas e, a partir do momento que as regras existem, elas são cobradas e podemos exigir que a atividade seja realizada da melhor maneira possível.
Para nós do bem-estar animal, as provas oficializadas são muito bem-vindas, pois a partir do momento que se tem um evento oficializado, nós podemos ter alterações, inclusões de regras perante o bem-estar animal e essas ações serão fiscalizadas.
Quando você trabalha com provas organizadas por associações, o vínculo dos seus associados permite uma maior exigência, pois os associados devem seguir o regimento dessa associação, e concordam com todas as regras descritas pela entidade e pelo evento.
Cada vez mais as provas oficializadas dão credibilidade ao esporte, mostram que o evento é realizado com profissionalismo. Ao estimularmos provas oficializadas, fomentamos a padronização, igualdade entre todos os participantes e mais do que isso, a garantia do bem-estar de todos os envolvidos.
Além disso, para o competidor, a prova oficializada oferece muitos benefícios, como ter a garantia que seu cavalo ganhou uma prova dentro das regras, sem infligir as questões de equipamentos, doping, efeitos ilícitos, entre outros.
Provas oficializadas contam com uma Comissão Disciplinar que avalia o descumprimento das regras com parâmetros legais para poder suspender a pessoa que descumpre determinada regra de dentro da associação, proibir a entrada dela dentro de um evento, entre outras punições.
Provas não oficializadas podem até ter uma boa premiação, ser “legal”, mas não possuem respaldo para se exigir algo, não possuem uma associação responsável.
Eu já atuei em provas realizadas pela Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ) e Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM) e acompanho de perto o trabalho desenvolvido pelas associações em prol do bem-estar animal. Essa é uma bandeira defendida por todos.
Por: Thiago Nitta
Médico veterinário, juiz de prova e inspetor técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo quarto de Milha (ABQM).
Foto: Arquivo pessoal
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