Conheça Fábio Augusto Rodrigues Pascoarelli, que há 27 anos está no Team Roping, no Laço Cabeça

Laçador pretende permanecer na modalidade por muito tempo, “até Deus permitir”

Nesta sexta-feira (20), no perfil Roper’s Sport Digital apresentamos Fábio Augusto Rodrigues Pascoarelli, competidor de Laço em Dupla, que, desde 1994, participa laçando cabeça.

Confira a entrevista com Fábio Augusto Rodrigues Pascoarelli

Fábio Augusto Rodrigues Pascoarelli
Idade: 40 anos
Cidade: Cafeara (PR)

Como começou na modalidade?

Desde pequeno acompanhava meu avô na fazenda, andando a cavalo, mexendo com o gado, até com trator. Por incentivo dele, nós queríamos comprar um garanhão Quarto de Milha, andamos por vários lugares, até irmos em Astorga (PR), lá meu avô viu um garanhão, gostou e acabou comprando. E lá, o João Nieto e o Fabinho Nieto, na época laçavam, e meu vô sempre gostou.

Fomos lá ver esse cavalo e já estava sendo iniciado no treinamento de Laço. Meu avô viu eles laçando e falou: Fábio, você não tem vontade de laçar? Na mesma hora respondi que tinha, e ele já me colocou no cavalo e saí laçando boi no pasto, foi aquela lambança da primeira vez. Tomei gosto pela coisa, com o cavalo em treinamento seguimos, meu avô sempre incentivando.

Logo depois, compramos um cavalo de mais idade, mais professor, foi então que comecei de verdade, com meu avô sempre me ajudando, apesar de nunca ter laçado, sempre gostou da modalidade. A paixão dele era que eu laçasse, desde então nunca parei, na verdade tive uma pausa, comecei 1994 e fui até o ano 2000, retornei oito anos depois e vou permanecer na modalidade até Deus permitir.

O que o Laço significa para você?

Para mim significa tudo, é um espelho desde pequeno. Amor pelos animais, a função de trabalhar com eles, precisamos deles no dia a dia. Significa tudo, sempre o laço amizade, meu avô, que sempre vou falar bastante, e foi no Laço que conheci minha esposa e estou com ela há 21 anos. Ela, depois que meu avô se foi, até um pouco antes, ela que é a minha companheira, minha técnica. Então, o Laço para mim é família, amizade, é uma vida muito boa. Sem contar a satisfação de trabalhar com o que a gente gosta no dia a dia, o que a gente ama, os cavalos, o gado. Não dá nem para explicar a sensação de fazer o que a gente gosta, o prazer de treinar um animal e ver o resultado, o tanto que ele fica bom. É muito prazeroso.

Qual sua conquista que mais é importante para você?

A conquista mais importante para mim foi a primeira. A primeira vez que subi no pódio, logo quando comecei, foi em uma prova pequena, na época todas as provas eram pequenas. Foi até um terceiro lugar, estavam todos os profissionais da época laçando e eu começando, foi a segunda prova da minha vida, que fui correr no meio deles. Consegui a terceira colocação, no meio de todos os profissionais da época que tinha aqui no Paraná, que eram fortes. A primeira vez ninguém esquece, ganhei uma moto.

Melhor cavalo?

Star, foi o cavalo que mais fui em prova, que mais tive conquistas. Parecia que era uma extensão minha no boi, esse não esqueço, vai ficar na minha memória para o resto da vida.

Melhor prova?

É a que estou participando no dia, sempre a melhor prova é a que participo. Não tem como destacar uma, e é melhor ainda se ganhar um primeiro lugar.

Melhor média?

4,92

Melhor Laçada?

Circuito Art Couro, na região de Maringá. Eu e Júlio Peba laçamos um boi de 3,65, que ficou na minha memória, uma laçada rápida.

Ídolo no Laço?

Getúlio Inácio da Silva – Peba, foi ele quem me ensinou, que me ‘lapidou’, logo quando comecei a laçar.

Como se vê no futuro?

Laçando até quando aguentar. Enquanto estiver aguentando montar em um cavalo e pegar um laço na mão, esse vai ser eu, sempre. Me vejo no futuro velhinho, montado em um cavalo laçando. Se eu vou dar conta de ser ‘cabeceiro’ não sei, mas vou continuar (risos).

Recado para a geração futura

É o mesmo que lá atrás me falaram: Nunca deixe o Laço subir para a cabeça, mantenha sempre na ponta do seu dedão. A humildade é sempre, ninguém sabe tudo.

E se você, conhece algum competidor do Laço e acha que ele tem um história bacana, que todos devem conhecer, entre em contato através do nosso perfil no Instagram @revista_ropers_sports_

Por: Heloísa Alves
Crédito das fotos: Arquivo Pessoal

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