A história das calças de couro

Não importando o nome que você dá, essa peça é uma parte importante do equipamento de um cowboy

De acordo com Dennis Moreland, da Dennis Moreland Tack, a calça de couro, ou chaparreira, é uma peça derivada das chaparreras espanholas, que surgiram para proteger as pernas dos cavaleiro quando cavalgavam no mato. Diferentes cortes do couro podem ser vistos e vários estilos foram usados, mas o propósito básico permanece o mesmo.

Começo de tudo, de 1600 a meados de 1800. Os mexicanos importaram gado de Cuba para o México no início dos anos 1500 e a indústria pecuária se desenvolveu rapidamente. O gado era pastoreado durante o dia e guardado à noite. Por conta das cordilheiras abertas do México, alguns escaparam. Por volta de 1600, com as habilidade no laço desenvolvidas, puderam capturar o gado selvagem. Porém, entrar no mato e passar por entre os cactos era complicado.

A primeira solução foi pendurar um grande pedaço de couro de cada lado da sela para proteger as pernas. No mesmo período, alguns cavaleiros usavam o que chamavam de armitas, duas peças de camurça penduradas ao redor da cintura. As armitas cobriam as coxas, até abaixo do joelho, permitindo liberdade de movimento. As bordas eram geralmente franjas.

Quando a indústria do gado chegou à Califórnia, nos Estados Unidos, os vaqueiros costumavam usar peles de cabra, ovelhas, lobos, ursos ou leões-da-montanha para a função de proteção das pernas. Ainda são usados ​​hoje, com melhor ajuste, peças em couro e estilos diferentes. Ao longo do tempo, foi sendo adaptada, melhorada ou mudada de formato, e cada um dava um nome.

Os fazendeiros que começaram a ocupar a Califórnia, o Arizona, o Novo México e o Texas levaram seus equipamentos de equitação com eles. As calças de couro foram modificadas para se adequar às condições de trabalho e preferência pessoal. Alguns preferiam fechar mais a peça, dois tubos de couro apoiados por um cinturão reto, presas por cintas. No início do século 19, bolsos externos foram adicionados em algumas peças.

Nesse período, aparecem as calças de couro que cobriam a perna toda, com uma extensão de aba lateral com franjas. As primeiras foram cortadas em linha reta e não eram excessivamente largas. Versões posteriores aparecem mais largas, batendo quando o usuário caminhava.

Na década de 1870, o pecuarista estava se instalando em Wyoming e estabelecendo fazendas. Milhares de cabeças gado povoaram as planícies com numerosos vaqueiros cuidando deles. Cheyenne tornou-se a ‘Capital do Cowboy’. O fabricante de selas Frank Meanea redesenhou a chaparreira, tornando-a mais forte e mais confortável. Melhorou a aba de baixo, deixando-a mais estreita e reta para reduzir o peso.

Esse formato se tornou um estilo ainda usado hoje. Quando os rodeios se tornaram populares no início do século 20, as peças também foram introduzidas para a competição. Modificadas para atender às demandas do rodeio ou do mundo das exposições de cavalos, apareceram calças com couros mais leves e em uma ampla gama de cores.

São usadas por atletas de Montaria em Touros e Sela Americana, e também por competidores de Apartação, Rédeas, Working Cow Horse, Trail e Pleasure. Nessas modalidades, muitas vezes, as calças são escolhidas combinando cores com a camisa e o resto do equipamento do cavalo. Podem ter ou não franjas. Há quem prefira ela cobrindo toda a perna, mas também podem ser usas até abaixo do joelho.

Por Phil Livingston, Quarter Horse News
Tradução e adaptação: Luciana Omena
Fotos: Pinterest

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