Leiloeiro é também um grande divulgador do Quarto de Milha nas redes sociais, tem conhecimento profundo e propriedade para falar de qualquer assunto!
A história desse hoje homem do agronegócio, Agnaldo Agostinho de Souza, foi de muitos tropeços, desafios e grandes oportunidades. Natural de Araçatuba, São Paulo, após ficar desempregado no setor de seguros, foi convidado a trabalhar como relações comerciais em leilões, e a partir daí começou uma grande mudança em sua vida. “Era uma função administrativa, mas chegando ao primeiro leilão, e observando o leiloeiro, não tive dúvidas de onde gostaria de atuar”, conta Agnaldo.
No começo da carreira. Foto: Arquivo PessoalNesse momento nascia à esperança de uma nova profissão, que teriam muitos desafios, entre eles ter a primeira oportunidade. E ele teve! “O meu primeiro leilão foi um pregão de corte, em José Bonifácio, fazendo alguns lotes com Paulo Pupo, que me ensinou muito sobre este meio”. Mas para ele, o maior desafio foi se adaptar ao meio, pois nunca foi ligado ao campo, e agora estava completamente envolvido e tinha que aprender sobre gados, vacas e cavalos.
“Eu não tinha o cacoete, o conhecimento, nem as roupas eram adequadas, era um estranho no ninho. Eles olhavam para mim e não viam nada que lembrava o agronegócio. Tive que convencer que eu sabia daqueles assuntos todos, de vacas leiteiras, raças de corte e cavalos. Os leiloeiros geralmente eram do meio, criadores, produtores rurais e entendiam de tudo aquilo”, conta.
E ele foi tirando isso de letra com seu carisma, seu jeitão descontraído, com seu dom das palavras certas e conquistou seu espaço no mercado, tendo, com o passar dos anos, cada vez mais oportunidade de mostrar seu trabalho. De 2003 a 2013 chegou a fazer mais de 200 leilões por ano, hoje faz 150, se especializando no Quarto de Milha, em especial nos Três tambores, sendo hoje o leiloeiro mais requisitado. A modalidade Três Tambores mudou a vida dele e lhe trouxe muitas oportunidades.
Foto: Arquivo PessoalJá são mais de 20 anos de carreira como leiloeiro rural. Agnaldo Agostinho é hoje o leiloeiro que mais entende e vende cavalos de Tambor no Brasil, é o que mais faz leilões dentro dos três eventos oficiais do Quarto de Milha, se tornou uma marca. E no ano que completou duas décadas de profissão, foi desafiado mais uma vez. No Congresso ABQM 2017, conduziu quatro pregões presenciais em um intervalo de 30 horas. Haja garganta, haja voz!
Podemos dar a ele após esse grande desafio o troféu voz de ouro, por sua persistência e dedicação a um mercado que está cada vez mais valorizado e se manter nele é algo a ser conquistado diariamente. “O tambor é meu sustento, a realização dos meus sonhos e minha principal vitrine. Sou o mais requisitado, pela força de grandes alianças como a WV Leilões, que em tudo me ajuda, a parceria de início de carreira do Canal do Boi, que me deu grandes oportunidades, por isso sempre sou muito lembrado. E completar 20 anos de carreira com este prazeroso desafio de quatro leilões me deixou lisonjeado pelo prestigio o meu trabalho”.
Foto: Hugo LemesNa vida não somos ninguém sozinhos, e por nosso merecimento e trabalho sempre encontramos pessoas no caminho que nos apresentam um novo mundo, nos indicam um rumo certo e nos ajudam a crescer. Com Agnaldo não foi diferente e ele diz que teve uma legião de anjos nesses 20 anos de profissão que os ajudaram a chegar onde está hoje.
“Tive muitos anjos, uma legião deles, alguns em especial como: Wilson Dosso, que continua sendo meu pai, meu irmão, meu amigo; Claudio Godoy, dono do Canal do Boi; Wilsinho Dosso, meu professor de ‘Inglês’; Paulo Pupo, o leiloeiro da primeira oportunidade; Amaury Vieira, Clarindo Teixeira, Vadi De Marília, Ana, enfim todos os donos de leilões do início da carreira; Coronel Cesar, o chefe do manejo de Araçatuba. E claro, minha esposa, Chica, que criou meus filhos Mateus e Isabela, enquanto eu corria atrás da vida e dos sonhos.”
Por Verônica Formigoni