Há cerca de 2 meses, conforme noticiou o portal Cavalus, o Instituto Butantan encaminhou pedido de autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para testar em humanos o soro anticovid produzido com anticorpos de cavalos.
Nesta terça-feira (25), então, a Anvisa autorizou o início dos testes do soro, desenvolvido por uma equipe grande do Instituto Butantan. Assim, pela a primeira vez será aplicado em voluntários humanos.
Vale ressaltar que nos testes em animais, como coelhos e camundongos, o soro anticovid produzido em cavalos demonstrou a diminuição da carga viral e perfil inflamatório reduzido.
Antes de mais nada, o teste em humanos é uma etapa chave para que o instituto avance no desenvolvimento do medicamento. Só assim, com todas as etapas necessárias concluídas, solicitará o registro junto à Anvisa.
E, somente com autorização dessa agencia reguladora é que o soro poderá chegar ao mercado.
A fim de conseguir a autorização, o Instituto Butantan submeteu a aplicação do soro a um novo protocolo clínico. Ou seja, com as adequações necessárias para que, de fato, os humanos participem do estudo.
Como tem feito há décadas, houve uma avaliação criteriosa dos aspectos técnicos e de segurança do produto antes da Anvisa autorizar os testes. A agência comenta, inclusive, ser a única responsável pela avaliação da proposta de pesquisa.
Portanto, não houve a participação de outras agências estrangeiras, já que somente o Brasil fará as fases iniciais de testes clínicos do soro.
O Butantan produziu o soro a partir da inoculação do vírus inativo em cavalos. O corpo dos animais reage ao microrganismo e produz anticorpos para combater a infecção. Então, coleta-se o sangue dos equinos e isolam-se esses anticorpos para usá-los contra a doença.
Fonte: Agência Brasil
Crédito das fotos: Divulgação/Instituto Butantan
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