Medalhista de ouro olímpico decidiu diminuir sua carga de competições, deixando o nível de alto rendimento
Blyth Tait, ex-campeão mundial e medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de 1996, decidiu dar um tempo em sua carreira internacional. O neozelandês de 58 anos, portanto, anunciou esse mês que não participará mais de eventos no exterior, encerrando uma carreira incrível que se estende por mais de 30 anos.
Antes de mais nada, ele ganhou o ouro Individual e por equipe no Concurso Completo de Equitação nos primeiros Jogos Equestres Mundiais da FEI em 1990. Montou Messiah. Já em 1996 em Atlanta, ele foi o campeão olímpico ao montar Ready Teddy. “Estou muito feliz em entregar as rédeas para os mais jovens”, disse.
Uma estrela desde os anos 80
Filho de um treinador de cavalos de corrida em Whangarei, Nova Zelândia, Blyth Tait teve que vender seu carro para financiar sua viagem de seu País à Europa para garantir sua participação no WEG 1990.
Ainda novo no cenário internacional, ‘chocou’ o mundo equestre quando derrotou grandes nomes do CCE como o compatriota Mark Todd, bicampeão olímpico na época, para conquistar o título em Estocolmo.
O atleta permaneceu o número um do mundo por boa parte dos anos 90. Dessa forma, escreveu seu nome nos livros de história quando conquistou o ouro Individual nas Olimpíadas de Atlanta em 1996.
Tait também foi prata por equipe em Barcelona e tem dois bronzes olímpicos. Da mesma forma, venceu o título mundial em 1998 e foi duas vezes campeão do prestigiado Burghley Horse Trials no Reino Unido.
Por todo esse sucesso, Blyth Tait foi escolhido para ser o porta-bandeira de Nova Zelândia nos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000. Olhando para trás ele diz: “Ganhar o campeonato mundial pela primeira vez em Estocolmo foi surreal. O sonho de todo mundo. E ainda mais quando continuamos ganhando”.
Contudo, a medalha de ouro olímpica é a mais especial. Mesmo ele não se prendendo muito ao passado, gostando de seguir em frente, é uma lembrança boa e importante. “Eu conheci algumas das pessoas mais fantásticas do esporte e viajei para alguns dos lugares mais incríveis para competir”.
Trajetória
O cavaleiro sempre seguiu a máxima de que tudo vem de um amor original por cavalos e da emoção da competição. “A competição é sobre como gerenciar a pressão e sua abordagem mental”.
Com todo esse sucesso por tanto tempo, Blyth Tait olha para trás com satisfação. “Mas é preciso uma quantidade enorme de trabalho duro e 110% de comprometimento, agora que estou mais velho que é difícil de sustentar”.
Após os Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, Blyth assumiu o cargo de gerente de alto desempenho de CCE da Nova Zelândia. Assim sendo, ajudou os demais competidores a alcançar seu potencial máximo no cenário internacional. Nos últimos anos, se tornou um respeitado designer de percursos de cross country.
Inegavelmente, sua contribuição para o esporte tem sido imensa. Já foi descrito, sobretudo, como ‘embaixador’ do CCE. Para muitos, é uma sorte ter a experiência e o reconhecimento internacional de Blyth transmitindo seus conhecimentos e habilidades a outras pessoas.
Ele também é um cavaleiro muito bom e sabe o que é preciso para chegar ao topo. Além disso, Blyth era um concorrente feroz. Nunca foi de não dar 100% e sempre lutou muito, mesmo quando as coisas não estavam indo como planejadas.
Fonte e Fotos: FEI
Tradução e adaptação: Luciana Omena
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