Brasil rural, o país que dá certo

Marcelo Pardini, em sua coluna da semana, fala sobre a importância do agronegócio no Brasil, um setor idôneo e que é modelo de produtividade e desempenho

A pujança do Agronegócio brasileiro, setor idôneo, que se autorregula, modelo em produtividade e desempenho para países desenvolvidos

O Brasil que dá certo. Assim pode ser definido o meio agropecuário nacional. Um setor idôneo, que se autorregula, sendo modelo em produtividade e desempenho ao resto do mundo. O caipira de outrora atualizou-se e fez de seu árduo trabalho o sustento de uma enorme cadeia econômica-social, sempre valorizando princípios ético-morais, preservando a fauna e a flora.

Faz-se necessário ressaltar os bons tratos e os cuidados para com os animais. É repugnante ver o setor sendo constantemente atacado por políticos corruptos e pseudoativistas, que usam de meios espúrios para desqualificar uma atividade que, repito, é modelo para países de primeiro mundo. O meio rural é composto por pessoas trabalhadoras, que enfrentam e superam as dificuldades para sustentar o trôpego Brasil.

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Sejamos a mudança que tanto queremos! Aplaudo a paixão do pecuarista – que defende o bem-estar animal, bem como a responsabilidade do agricultor – que investe em tecnologia para aumentar a produtividade num menor espaço de terra. Ambos têm como premissa a preservação do verde e da água. Esta seara é orgulho nacional, a parte que funciona do combalido Brasil. Segundo o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o rebanho bovino verde-amarelo é de aproximadamente 200 milhões de cabeças, o maior do mundo. Os animais estão espalhados em 170 milhões de hectares de terras, do Oiapoque ao Chuí, uma vez que a Pecuária é a única atividade que está presente em 100% dos municípios brasileiros.

O Brasil, “o verdadeiro celeiro do mundo”, através da Pecuária, ajuda a manter preservadas 61% das áreas originais de floresta, enquanto a média mundial é inferior a 25%. A pujança do Agronegócio parece infindável, mesmo com as desastrosas políticas agrícolas, que não mantêm ações coerentes e coesas, tomando novos rumos a cada governo que assume o poder. Ah, se a máquina pública brasileira fosse enxuta e funcionasse só um pouquinho…

Ainda em termos de contextualização, a indústria do cavalo cresceu quase 12% ao ano na última década. Em 2006, o faturamento foi da ordem de R$ 7,5 bilhões e, em 2016, saltou para R$ 16 bilhões. A Equinocultura já é maior do que diversas indústrias primárias, como Feijão, Trigo, Laranja e Algodão. O setor emprega 600.000 pessoas diretamente e mais de 3.000.000 indiretamente. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existem 5,5 milhões de equinos no Brasil (quarto maior plantel do mundo), atrás somente de Estados Unidos (9,5 milhões); China (6,8 milhões), e México (6,3 milhões).

Sou favorável à padronização do bem-estar animal, principalmente em relação às cadeias produtivas. E em relação às provas equestres, digo com todas as letras: não há maus tratos! Falo com propriedade de quem tem vivência neste meio desde a infância. Sempre ressalto que o cavalo é o melhor amigo do homem (mais sincero até mesmo do que o cachorro). Quando não gosta de você, ele murcha a orelha, dá um chega pra lá com a cabeça e até manda o pé. Mas se gosta, aquele ser enorme, de 500 e tantos quilos, torna-se um parceiro fiel, entregando-se totalmente à relação, pronto para ficar ao seu lado sob qualquer condição. Como sei disso? Há centenas de anos o homem aprendeu a se comunicar de diversas formas com os equinos, seja por gestos, sons, sinais… E tal relação só faz evoluir. Engana-se quem pensa que o mercado equestre seja excludente, dominado por abastados. Pelo contrário, a base é de pequenos empresários e profissionais liberais, cuja maioria reside nos centros urbanos. O motivo do envolvimento? O amor pelos animais! Sem falar na Equoterapia, disseminada em diversas regiões do país, trabalho que tem o cavalo como agente principal no tratamento de distúrbios e doenças do homem. 

Mais do que falar sobre dados estatísticos e números econômicos, ressalto que o meio do cavalo é o melhor formador de caráter para as crianças. Nas provas, a meninada lida com pessoas de diferentes credos e classes: aprende sobre compreensão e respeito. Nos torneios, o jovem lida com derrotas e vitórias, trabalha a aceitação e a humildade. E, sobretudo, reconhece limites, os próprios e os do seu amado companheiro de quatro patas. Em suma, por mais que tentem destruir o Brasil, a parcela nacional do bem – que é encabeçada pelo meio rural, segue trabalhando em dobro, bradando por Justiça, rumando para um país melhor. Eu acredito na força do campo!

Marcelo Pardini é narrador, poeta, jornalista, pós-graduado em Marketing e leiloeiro rural. Titular da marca Agro MP – A voz do Agronegócio.

E-mail: contato@agromp.com.br / Instagram: @marcelopardinioficial

Crédito da imagem: Arquivo Pessoal

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