O Concurso Completo de Equitação é dividido em três provas – Adestramento, Cross-country e Salto – que são realizadas em dias consecutivos

nas Olimpíadas Pequim 2008
Se você acompanha as provas de hipismo ou mesmo as Olimpíadas, certamente já ouviu falar ou assistiu provas de Concurso Completo de Equitação, mas você sabe o que quer dizer e quais são as regras? O CCE é uma das modalidades equestres que compõe o quadro da Confederação Brasileira de Hipismo e que, por sua vez, segue o regulamento da Federação Equestre Internacional. Por ser um esporte CBH e FEI, o CEE integra a lista de modalidades que participam das Olímpiadas e também dos Jogos Equestres Mundiais.

Fofanoff: o cavaleiro de
CCE mais experiente em
competições internacionais:
Quem pratica CEE deve ser habilidoso em três provas: Adestramento, Cross-country e Salto, O conjunto, cavalo e cavaleiro, deve realizar essas três provas para compor a sua nota final. Por esse motivo, o CEE também é chamado de ‘triatlon’ equestre. É uma importante mostra da capacidade do conjunto competir em três diferentes disciplinas distintas entre si e num curto espaço de tempo, o que exige preparo técnico e físico.

Jéferson Sgnaolin, em Pequim
O Adestramento é a primeira prova a ser cumprida. O conjunto precisa efetuar determinados movimentos (figuras) de diferentes graus de dificuldade mostrando entrosamento e equilíbrio. No segundo dia acontece o Cross-country, onde o conjunto percorre um percurso externo, com obstáculos inspirados no campo, mas sempre com um alto grau de dificuldade. A terceira e última prova do CCE é o Salto. O conjunto precisa transpor obstáculos móveis de diferentes alturas mostrando controle e precisão. O objetivo da prova é mostrar que depois da exigente prova de Cross-country o animal continua com energia, resistência e obediente ao comando do cavaleiro.

A partir da década de 80, a modalidade passou a ser praticada por civis, especialmente cavaleiros oriundos do Hipismo Rural. A Confederação Brasileira de Hipismo e entidades militares, como a Escola de Equitação do Exército, a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e Regimentos da Cavalaria, passaram a promover competições conjuntas, investiram em cursos, clínicas e a vinda de técnicos internacionais, o que resultou na formação de uma nova geração de atletas, mesclada por civis e militares. Nos anos 90, o intercâmbio internacional ganhou fôlego e os resultados dos atletas elevaram o Brasil a maior potência do esporte na América do Sul e entre os melhores do mundo.

O Time Brasil se prepara para seu sexto Jogos Equestres Mundiais, que acontecem em setembro, nos Estados Unidos.
Por Luciana Omena
Fonte e Fotos: CBH