No mundo hoje existem cerca de 200 exemplares. O cavalo Sorraia foi, acima de tudo, ameaçado de extinção
Sorraia é um tipo de cavalo de origem portuguesa. Exemplares foram redescobertos em 1920 por Ruy d’Andrade. Antes de mais nada, os indícios remetem para a zona de confluência entre as ribeiras de Sor e da Raia. Não precisamos dizer que é daí que vem o nome da raça. Sor e Raia são duas regiões de charneca de Coruche, uma vila portuguesa no Ribatejo.
Ademais, vale salientar que charneca são locais com terrenos áridos e pedregosos cobertos de urze. Em principio, havia uma extensa população de Sorraia, raça popular entre criadores de gado para trabalhos do campo. Admite-se que estes cavalos no estado selvagem tenham sido conhecidos em Portugal por ‘zebro’.
De corpo compacto e linhas pré-históricas, crê-se que o Sorraia pode originar de uma linhagem independente. Ou seja, uma raça pura, o Equus caballos ssp. Sorraia. Todavia, sua avaliação genealógica nunca foi concluída.
Embora seja extremamente forte, resistente e de temperamento calmo, há poucos exemplares no mundo. Estima-se que cerca de 200 ainda vivem. Existindo somente em locais para criação e manutenção da raça. Principalmente em Portugal e na Alemanha. Seu tipo assemelha-se ao tarpan, antigo cavalo selvagem europeu.
História
No início do século 20, a raça Sorraia esteve à beira da extinção. Tal não aconteceu graças ao empenho do Dr. Ruy d’Andrade. Ele resgatou um dos únicos núcleos sobreviventes – um conjunto de três ou quatro éguas e alguns machos. Logo depois, conseguiu promover cruzamento entre eles até obter de novo o protótipo da raça pura.
Pensa-se que os cavalos Sorraia constituem o fundo primitivo dos cavalos meridionais da Península Ibérica. Assim, esse grupo de animais reunido pelo Dr. Ruy d’Andrade veio de um local específico. As planícies do rio Guadalquivir na Península Ibérica, de Huelva cidade portuária na Espanha, do Algarve e do Sado em Portugal.
De acordo com o Dr. Ruy d’Andrade é provado que a Península Ibérica conservou um núcleo de cavalos primitivos derivados dos selvagens. Base, portanto, do cavalo Andaluz e Lusitano. Por cruzamentos de diversas origens se aperfeiçoou para uso na guerra durante toda a Antiguidade e Idade Média.
Fonte: Wikipedia
Crédito das fotos: Wikimedia Commons
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