Evite confusões desnecessárias ao entender as diferenças entre as doenças
Inevitavelmente, a recente disseminação do novo coronavírus no Brasil levanta sérias preocupações à medida que o status continua a evoluir. No entanto, algumas confusões estão ocorrendo e, por isso, o portal Cavalus resolveu abordar algumas questões relacionadas ao potencial impacto desta doença na indústria de equinos.
Antes de mais nada vale ressaltar que os coronavírus incluem um grande grupo de vírus RNA que causam sintomas respiratórios e intestinais em animais domésticos e selvagens. Sendo assim o coronavírus intestinal equino e o COVID-19, este último o responsável pela pandemia, são ambos coronavírus, no entanto, são vírus distintamente diferentes.
Dessa forma, várias organizações internacionais e nacionais de saúde humana e animal declararam que, neste momento, não há evidências que indiquem que os cavalos poderiam contrair o COVID-19 ou que os cavalos poderiam espalhar a doença para outros animais ou humanos. Afinal, o coronavírus intestinal equino e COVID-19 não são possuem a mesma origem e não há indicação de que sejam transmissíveis entre as espécies.
Portanto, é importante concentrar-se na saúde de nossos cavaleiros, sendo cauteloso e seguindo as recomendações de autoridades de saúde pública. Sobretudo, as organizações internacionais de saúde animal informaram que continuarão acompanhando o desenvolvimento do COVID-19 a fim de fornecer cuidados veterinários especializados a todos os cavalos, independentemente do status desta doença.
Um perfil de coronavírus intestinal equino
O coronavírus equino é uma doença entérica ou gastrointestinal no cavalo. Não há evidências de que o coronavírus entérico eqüino represente uma ameaça para seres humanos ou outras espécies de animais.
Transmissão: O coronavírus equino é transmitido entre os cavalos quando o esterco de um cavalo infectado é ingerido por outro cavalo (transmissão fecal-oral), ou se um cavalo faz contato oral com itens ou superfícies que foram contaminados com esterco infectado.
Sinais clínicos comuns: sinais tipicamente leves que podem incluir anorexia, letargia, febre, cólica ou diarreia.
Diagnóstico: Os veterinários diagnosticam o coronavírus intestinal equino testando amostras fecais e a frequência desta doença é baixa.
Tratamento e Prevenção: Se diagnosticado, o tratamento se baseia em fluido terapia e no uso de anti-inflamatórios, além do estabelecimento de boas precauções de biossegurança para colocar o cavalo infectado em quarentena. Manter as instalações o mais limpas possível ao descartar adequadamente o esterco ajudará a diminuir as chances de os cavalos contraírem o vírus.
Fonte: Palm Beach Equine
Crédito da foto em destaque: Divulgação/Jump Media
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