Qual melhor jeito de comemorar o Dia das Mães senão com uma bela homenagem dos filhos em forma de depoimentos? Queremos com esse artigo que todas as mães, do cavalo ou não, se sintam homenageadas!
Antes de mais nada, você sabe a origem dessa data? Conta a história que o Dia das Mães foi criado como uma homenagem à vida de Ann Jarvis. O falecimento dela, em 9 de maio de 1905, afetou bastante a sua filha, Anna Jarvis. Anos depois, ela decidiu criar uma data comemorativa para homenagear a sua mãe. Realizou então um memorial em maio de 1908.
A popularização dessa data nos Estados Unidos fez com que ela eventualmente chegasse ao Brasil. Apesar de historiadores datarem o dia 12 de maio de 1918 como o começo dessa celebração por aqui, o Dia das Mães foi oficializado no Brasil na década de 1930. O presidente Getúlio Vargas emitiu o Decreto nº 21.366, em 5 de maio de 1932, estabelecendo o segundo domingo de maio como momento para comemorar os ‘sentimentos e virtudes’ do amor materno.
E assim vamos seguir, comemorando os sentimentos e virtudes do amor materno, através de alguns depoimentos que colhemos. Pedimos que os filhos contassem o momento mais marcante com a sua mãe em uma situação envolvendo cavalos.
Será que eles vão contar o que sentem quando estão em pista e as mães estão por perto? Ou quando eles estão na arquibancada acompanhando suas mães na pista? Até mesmo momentos engraçados dos bastidores, do dia-a-dia de treinos. Certo mesmo que a mãe é a fã N° 1 dos filhos, e vice e versa. Vamos lá, então?!
Do filho Albertus de Boer Neto para a mamãe Letícia Dayana Teodoro de Boer
“Desde que comecei a competir tive a presença de minha mãe nas provas. Ela sempre me apoia, me reconforta nos erros, filma tudo e ajuda a me acalmar quando necessário. Assim como em vários outros momentos.
Acredito que ter a mãe presente nessas horas é de grande importância para criar confiança, principalmente no início. Saber que ela está perto, nos erros e nos acertos, sem dúvida, me passa segurança.
Minha mãe é uma pessoa descontraída, divertida, animada, que sempre deixa os lugares mais leves com suas brincadeiras. Vejo que eu minha irmã tivemos muita sorte em ter o apoio de nossa mãe nas provas e nos treinos. Sem ela, provavelmente, não iríamos conseguir enfrentar desafios e situações desagradáveis em nossas vidas. Só tenho a agradecer por tudo que ela fez e faz por nós até hoje.”
Do filho Marco Aurélio Pereira Filho para a mamãe Maria Cristina Todescato Pereira
“Com toda a certeza, não tem só apenas um momento marcante. São vários. Passamos todos tipos de situações juntos boas, ruins, alegrias e tristezas. Tanto minha mãe quanto meu pai sempre foram muito presentes em treinos e provas.
Mais uma coisa que mais me lembro até hoje foi o fato de quando mais novo, há uns 25 anos atrás mais ou menos, ainda em São João da Boa Vista/SP, todos feriados e fins de semana estava lá ela, no sol da arena, sempre filmando nossos treinos ou até mesmo soltando bezerro. Sempre registrando as imagens e momentos que temos até hoje em DVD.
Minha família sempre foi o combustível para nós continuarmos no laço. Nunca mediram esforços e se privaram de muitas coisas para eles a fim de que pudéssemos praticar e estarmos sempre em junto em torno do cavalo.”
De José Carlos Rodrigues Filho para a mamãe Jacira Rodrigues de Oliveira
“Em 2013, durante o Potro do Futuro da ANCA, uma prova emocionante e desafiadora entre todas as outras, estava muito ansioso em busca de mostrar o meu trabalho, que tanto me dedico. Minha mãe, com sua imensa paciência e sabedoria, conversou muito comigo naquele momento tão importante.
Meu pai classificou uma potra para a final da categoria Aberta e se sagrou campeão e a minha categoria seria no dia seguinte. Logo após o titulo do meu pai busquei novamente o consolo da mãe. E ela me disse: ‘Filho, não tenha dúvida do seu trabalho, da sua capacidade. Entregue seu espirito nas mãos de Deus, pois ele sabe da sua luta’.
Era meu primeiro Potro do Futuro como finalista e ela do meu lado, como em todos os outros momentos. Acordei tranquilo no dia seguinte. Mais uma vez, antes de entrar em pista, recebi seu apoio: ‘Vai com Deus meu filho, confia no seu trabalho, por que você já meu campeão’. Em seguida, recebi uma boa nota e fui campeão na minha categoria.
Como prometido, minha mãe tirou o chapéu dela e me deu, e lembro de novo das suas palavras: ‘Deus sabe da sua luta, da sua garra, da sua dedicação, está aí resultado, meu filho, te amo muito e você merece estar no pódio’. Uma emoção muito grande tomou conta de nós dois.
E com esse relato quero dizer que toda a minha base para domar os cavalos veio dela. E que todo apoio das suas palavras sábias e carinhosas são importantes. Aprendi com ela todo cuidado com os animais nos mínimos. Espero que ela saiba o quão importante é em nossas vidas. Apaixonada pelos animais e que sempre esteve, junto com meu pai, em inúmeros momentos de nossas vidas.
Arrisco-me a dizer, por fim, que brincamos em casa que meu pai é o Doc Bar e minha mãe é a Royal Blue Boon. Feliz Dia das Mães! Te amo, mãe, inspiração para nossas vidas.”
Do filho Pedro Vieira Dadalto para a mamãe Caroline Dadalto
“Eu gosto que a minha mãe vai comigo em todas as provas, porque ela me apoia e me ajuda em tudo. Te amo, mãe! Feliz Dia das Mães!”
Do filho Junior Nogueira para a mamãe Eliziane Nogueira
“São vários os momentos que foram muito marcantes para mim ao lado da minha mãe. Ela é a minha companheira desde sempre, durante toda minha vida, minha melhor amiga. Pensei bastante e lembrei de dois momentos.
Antes do meu pai falecer, eu gostava de laçar pé, ele laçava pé, então treinávamos e eu resolvi laçar cabeça. Quando ele partiu, um tempo depois, estávamos no Rancho Quarto de Milha, em Presidente Prudente/SP. Eu já estava correndo prova nessa época, bem como início de tudo. E eu lembro que estava com ela e fui no pé.
Ela laçou um boi e eu, em seguida, lacei também e foi a primeira vez que eu enrolei. E dei aquela esticada no boi e essa é uma das primeiras lembranças fortes, me marcou muito. E o outro momento que sempre gosto de frisar como destaque, já é mais para frente um pouco na minha história.
Sempre tive o sonho de vir para os Estados Unidos. Falava que um dia eu ia laçar um boi na Finals [National Finals Rodeo da PRCA] e minha mãe estaria lá. Quando isso acontecesse, iria apontar para ela na arquibancada. E isso aconteceu! Acho que foram as duas coisas mais importantes da minha vida ao lado dela, marcante na nossa vida, essa minha primeira laçada na Finals.”
Do filho Wagner Toledo Simionato para a mamãe Silvia Toledo Simionato
“Ter minha mãe torcendo por mim nas pistas é algo inexplicável, porque ela me passa muita confiança, assim como me dá vários conselhos, no dia-a-dia também. Me motiva muito tê-la sempre comigo nas competições, e é um privilégio, visto que muitos não tem essa mesma oportunidade.
Ela sempre faz muita oração por mim também. Mesmo quando calha dela não ir a alguma prova, está presente a todo momento, me manda mensagem a fim de me me ajudar e me manter motivado. Agradeço muito a Deus por ter uma mãe como ela na minha vida. Graças a Deus sempre me ajudou e motivou.
E quando precisa, ela dá sim alguns puxões de orelha, e eu respeito muito isso. Por isso eu só sou o que sou hoje por causa dela.”
Da filha Maria Luisa Fruet Bernardes para a mamãe Juliana Fruet
“Minha mãe é tudo para mim. Ela que me trouxe ao mundo equestre e é meu porto seguro.
Ela começou bem nova, nos Três Tambores, mas parou na época da faculdade. Depois de terminar a faculdade e me ter, ela tentou me levar pra fazer Tambor, mas eu nunca liguei.
Até que ela começou a fazer Rédeas, aí eu me apaixonei pelos cavalos e comecei a fazer também. E desde então praticamente todo fim de semana vamos treinar e também em quase todas as provas vamos competir. São muitos os momentos marcantes, não consegui escolher um!”
Por Luciana Omena
Colaboração: Ana Olivera
Crédito da foto de chamada: Divulgação/Depositphotos
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