Um dos momentos importantes que marca a história do nosso País, curiosamente, tem o cavalo como um dos personagens
Você, certamente, conhece a história da proclamação da Independência do Brasil. Entre outros fatos, deve ser lembrar do príncipe regente D. Pedro no alto de uma colina, de espada em punho e montado em um cavalo alazão. Antes de mais nada, a Independência do Brasil foi o processo histórico de separação entre Brasil e Portugal. Período que se estendeu de 1821 a 1825. Em 7 de setembro de 1822, então, foi dado o Grito do Ipiranga e o resto é você lê nos livros.
Sem dúvida, a história do Brasil é repleta de personagens pitorescos e controversos. Mitos e realidades se misturam para desafiar a nossa compreensão dos fatos. Contudo, uma coisa é certa: um cavalo participou em primeiro plano desse momento decisivo. Enquanto outros da mesma espécie estavam no entorno. Cavalos e mulas, em síntese, eram o transporte daquela época. Por isso, responsáveis por carregar Dom Pedro até as margens do Rio Ipiranga, em São Paulo.
Não existiam fotos, claro. Então, a cena mais conhecida da Independência é o quadro ‘O Brado do Ipiranga’, do pintor paraibano Pedro Américo. É nele que está retratada a cena do herdeiro da coroa portuguesa montado em seu cavalo alazão ao berrar ‘Independência ou Morte’.
Detalhes
Mas será que era mesmo um cavalo alazão? O coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo, subcomandante da guarda de honra, se refere ao animal como uma ‘baia gateada’, por exemplo. Outra testemunha, o padre mineiro Belchior Pinheiro de Oliveira, cita uma ‘bela besta baia’.
Ou seja, uma égua ou mula de carga sem nenhum charme, porém forte e confiável. Acima de tudo, era esta a forma correta e segura de subir a Serra do Mar naquela época de caminhos íngremes, enlameados e esburacados. A saber, o então príncipe regente usou cavalos e mulas nos 1,3 mil km que percorreu entre Rio e São Paulo.
Dom Pedro saiu da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, em 14 de agosto de 1822. Tinha uma comitiva de 30 homens e um roteiro pré-determinado, com paradas estratégicas ao longo da rota até São Paulo. O trajeto demorou pouco menos um mês até o rito final, em 7 de setembro. De acordo com relatos de historiadores, talvez o quadro seja mais romântico do que a cena real. Todavia, não podemos negar a importância do cavalo para esse momento histórico do nosso Brasil.
Fonte: El Pais, Terra, Wikipedia
Crédito das fotos: Wikipedia/Museu Paulista
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