Desde o dia 02 de fevereiro deste ano, o sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave) passou por algumas atualizações, para emissão da Guia de Transporte Animal (GTA) e colheita dos Exames de Mormo e Anemia Equina. As mudanças, nas normas para trânsito de animais, no Estado de São Paulo, visam a implantação da ‘GTA Digital’, prevista para ocorrer no dia 16 de fevereiro. Saiba mais aqui. Após prazos estabelecidos, será impossível emitir GTA e realizar exames de AIE e mormo, se os animais não estiverem dentro das novas regras.
Segundo o Programa Estadual de Sanidade Equídea, através do Manual de Atestado de Influenza e do Manual de Resenha Virtual, documentos desenvolvidos pela Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, e distribuídos a profissionais da área, a partir de agora, todas as resenhas e requisições poderão ser realizadas através do aplicativo ‘Gedave’ e todo o plantel, com finalidade esportiva deverá estar regularizado, em até 90 dias. Para os demais equídeos (equinos, muares e asininos) o prazo é de até 180 dias.
De acordo com os manuais, todos os animais que precisam ser transportados deverão estar chipados para a realização de exames e emissão da GTA. Os animais que já possuem chip, não precisam ser chipados novamente, apenas a numeração deverá ser cadastrada em suas respectivas resenhas no Sistema Gedave. Antes de chipar, o proprietário deve passar um leitor de chip no cavalo, para ter certeza que ele não tem nenhum. Além disso, o chip deve ser colocado em local específico (padrão universal), para que ele não percorra o corpo do animal.
Segundo explicam os médicos veterinários Rachel Worthington e Helio Itapema, além disso, os proprietários precisam estar atentos às especificações das associações de raça. “Por exemplo, na Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), se o animal não tiver chip, o proprietário deve procurar um inspetor técnico para realizar a chipagem. Cada associação tem a sua especificação”, explicam. As requisições de exames deverão ser feitas via sistema, por um médico veterinário habilitado, para coleta junto à Defesa Agropecuária.
O laboratório escolhido, por sua vez, deve estar integrado ao Gedave, onde disponibilizará os resultados dos exames, diretamente, no sistema e esses exames ficarão vinculados ao chip dos animais. “A requisição dos exames só poderá ser realizada por um veterinário que realizou um curso pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária, que habilita o veterinário a fazer a coleta de sangue para os exames de anemia e mormo”, explicam os especialistas. O resultado dos exames poderá ser impresso pelo proprietário e constará no cadastro do animal.
Resenha dos animais no Gedave
Para fazer as resenhas no sistema do Gedave, cada animal será reinspecionado e fotografado por um veterinário habilitado. Essas fotos devem ser feitas pelo sistema, na propriedade, com o animal limpo e fora da baia, para o correto cadastramento e identificação de suas características físicas. As resenhas virtuais irão gerar um certificado, contendo informações, resenha e foto. A emissão de nota fiscal segue obrigatória para o transporte, exceto para a finalidade esportiva, podendo ser substituída por Gare ICMS, caso não seja possível emitir a nota.
Por Camila Pedroso/Redação Cavalus, com informações da Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo
Imagem: Jean Philippe Vasconcelos/Agência Cavalus
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Notícia atualizada dia 07/02/2023, às 18h54