Entrevista: Wilson Vitório Dosso Junior fala de sua trajetória

O sucessor de uma das maiores leiloeiras do Brasil conta um pouco de sua paixão pelo esporte

Apaixonado pela raça Quarto de Milha, Wilson Vitório Dosso Junior, conhecido como Wilsinho, natural de Lucélia /SP, morando hoje em Bauru/SP, conta sobre todo seu envolvimento com o mundo dos cavalos. Ele destaca na entrevista, além da paixão pelo que faz, a determinação e o empenho para a realização de grandes eventos.

Sucessor de uma das maiores leiloeiras do Brasil, a WV Leilões, Wilsinho segue os passos do pai nos negócios. Não deixando de lado o contato direto com os cavalos, que tanta ama, junto a sua família, a esposa Camila e as três filhas: Valentina, Isadora e Luiza.

Como começou sua história no meio equestre?

Wilsinho: Minha família é criadora de cavalos desde 1976. Pelo fato de morarmos sempre próximos ao haras, eu acompanhava de perto essa rotina. Meu pai sempre foi muito ligado ao esporte do Quarto de Milha, dessa forma, meus primeiros passos foram literalmente dados ao lado de cavalos.

Qual foi seu primeiro cavalo?

Wilsinho: Em 1986, foi quando eu montei pela primeira vez em competição, em um animal do haras, que se chamava Nagô SKR. Era um grande cavalo.

Qual modalidade já praticou e ainda pratica?

Wilsinho: Já fiz Laço de Bezerro, Team Roping, Maneabilidade, Cinco Tambores, Três Tambores e Seis Balizas. Além de ter participado da modalidade Apartação em 1993, durante uma prova no Congresso em Ribeirão Preto. Hoje, brinco na Baliza, no Tambor e também no Laço em Dupla.

Quais seus principais animais de competição?

Wilsinho: O principal animal de competição que tive foi Winona Baby WV, Campeã do Potro do Futuro, do Congresso e do Nacional, no início dos anos 90. Além dessa égua, o Haras WV tem outros nomes fortes no Laço, como a Makena WV, Educador Sasa, Nagô SKR, Ator Sasa. E no Tambor, temos Brasita Moon, BF Crown Sterling, WV Mickey of Fling, Rose N Fly, WV Crown To Red, entre outros renomados animais.

A família toda é envolvida com cavalos, tem negócios no mundo equestre? Como é esse dia a dia?

Wilsinho: Totalmente! Ficar em meio aos cavalos virou rotina, acordar e passar o dia visitando clientes, planejando os eventos. Além de analisar a criação, o mercado, a raça, o esporte, ou seja, respirar cavalo tem sido a constante da minha vida. E ainda assim, arranjo um tempo para acompanhar minhas filhas na equitação e minha esposa nas competições, que muitas vezes, acontecem no mesmo evento junto com os leilões que realizamos.

Há nove anos você promove o Potro do Futuro WV de Velocidade, como surgiu a ideia para a realização desse evento?

Wilsinho: Desde o início da minha caminhada, sempre analisei a necessidade de fazer um evento direcionado para potro. Na época em que comecei a trabalhar com o cavalo atleta, não existiam Slots e competições com esse foco. Por isso, logo pensei na real necessidade de criar um evento que destacasse os novos cavalos, que eram apenas iniciados no esporte. E esse tipo de prova acabou se tornando uma realidade hoje praticada por muitos e inserida em diversos eventos do segmento.

E como é organizar a segunda maior prova de Três Tambores do Brasil e o maior evento para Potro do Futuro particular?

Wilsinho: É uma satisfação saber que esse evento hoje, é de grande importância para o crescimento da modalidade. Temos esta prova como vitrine para novas ideias. E conseguimos também, através desta oportunidade, reunir grandes amigos. Mas nada é fácil, dá muito trabalho. Para ter sucesso, contamos com uma equipe muito bem estruturada que cuida com carinho de todos os detalhes.

O que podemos esperar para os dez anos de Potro do Futuro WV em 2019?

Wilsinho: Esperamos trazer alegria e reconhecimento para todos os envolvidos e participantes do décimo Potro do Futuro WV. Afinal, são dez anos de muito trabalho em equipe pensando no crescimento de todos os envolvidos com o esporte equestre. Tomara que seja prazeroso e que juntos possamos satisfazer os participantes como foi neste ano! Eu espero de verdade, que todos voltem e façam da nossa prova, a prova deles.

E quais os projetos para o futuro do Wilsinho competidor e empresário do ramo de leilões?

Wilsinho: O competidor está longe, em Marte (risos). Mas como empresário de leilões, espero poder atender aos clientes, ter o respeito de todos e fazer dessa empresa, um braço de vendas junto aos parceiros.

Por Camila Furtado/Editora Passos
Foto: Arquivo Pessoal

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