No último dia 09 de agosto foi comemorado o Dia Nacional da Equoterapia. De acordo com o Ministério da Saúde, a equoterapia ou terapia assistida por cavalos é um método terapêutico que utiliza o cavalo por meio de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência.
Educação e Reeducação
Vale destacar que além do processo de reabilitação, a equoterapia contribui em diversas fases da vida do indivíduo. É o caso de alguns pacientes do HC Centro de Equoterapia de Araçatuba (SP), que atende também crianças da rede pública municipal de ensino.
Nestes casos, as crianças fazem parte do Projeto Piloto de Equoterapia no Tratamento pós Covid-19, que tem como objetivo oferecer o acesso à prática da equoterapia para essas crianças, que são diagnosticadas com Transtorno e Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) com agravamento em virtude do período de isolamento social, imposto pela pandemia da Covid-19.
“É gratificante poder ver que através da equoterapia conseguimos ajudar famílias, é possível ver uma evolução em todos os pacientes”, comenta a fisioterapeuta Carolina Vicentini Verdi, que é sócia do também fisioterapeuta Henrique Sartori Coutinho no HC.
Marinez Pereira Cardoso, mãe do Francisco Júnior, fala um pouco sobre a mudança do comportamento do filho após o tratamento no centro de equoterapia. “O Francisco, além do autismo no grau mais severo, ele tem também outros CID’s e desde que começamos a vir ao HC, percebi uma mudança nítida, coisas que ele não fazia, agora já faz”.
Mãe e filho, que são da cidade de Santo Antônio do Aracanguá, cerca de 38 km de distância de Araçatuba, vão até o HC, localizado no Recinto de Exposições Clibas de Almeida Prado todas às sextas-feiras.
Além da terapia com os cavalos, as crianças também brincam entre si, o que estimula a convivência, melhorando assim o dia a dia delas, seja na classe de aula ou não.
Equoterapia na reabilitação
A terapia de reabilitação também é bastante presente no centro de equoterapia. Neste caso, o processo é baseado na neurofisiologia tendo como base os padrões de movimentos rítmicos e repetitivos da marcha do cavalo. Ao caminhar, o centro de gravidade do cavalo é deslocado tridimensionalmente, resultando em um movimento similar ao da marcha humana com movimentos alternados dos membros superiores e da pelve.
Claro que, toda as ações da equoterapia são desenvolvidas de acordo com a necessidade de cada paciente, levando em consideração o diagnóstico médico e sua evolução a cada sessão.
A pequena Manuella, de apenas três anos de idade, nasceu com paralisia cerebral e epilepsia, o que fez com que a sua mãe, Brenda Vianna, procurasse uma equoterapia. Hoje, após quase dois anos de terapia, Manu já mostra o quanto essa decisão foi importante para a sua vida e da sua própria mãe. “É uma excelente terapia, ela era bem rígida, hoje em dia é bem menos, não tinha postura nenhuma, hoje já consegue ficar mais tempo com o tronco reto”, ressalta Brenda.
Vale destacar também que o HC Centro de Equoterapia também tem alguns paratletas, que competem no Paratambor, mostrando em pista a superação de seus limites.
Por Heloísa Alves • Redação Cavalus
Fotos: Heloísa Alves
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