Consolidada a abertura da fronteira Brasil e Europa para exportação de cavalos

A abertura da fronteira foi um esforço conjunto liderado por várias entidades do meio equestre, como a Câmara Setorial de Equideocultura – CSE, Ministério da Agricultura e CBH, além do apoio de adidos agrícolas brasileiros na Europa e despachantes

Após mais de uma década, dois cavalos partiram diretamente do Brasil para Europa, marcando a abertura da fronteira sanitária do Brasil para o trajeto, sem passar pela obrigatoriedade de quarentena na Argentina ou EUA. Os cavalos More Than Extra, sela holandesa, montaria de Vitor Dantas Medeiros de Carvalho, e Quebec VD Bisschop, um sela belga, de propriedade da amazona Priscila Luminatti, partiram do aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro e desembarcaram em Luxemburgo.

Exportação de cavalos

A abertura da fronteira foi um esforço conjunto liderado por Nuno Miguel Gomes da Costa Brito Eusébio, presidente da Câmara Setorial de Equideocultura – CSE, em parceria com o Ministério da Agricultura (MAPA), Fernando Sperb, presidente da CBH, Tatiana Gutierrez, secretaria geral da CBH, Marcelo Servos, diretor veterinário da CBH, com todo o apoio de adidos agrícolas brasileiros na Europa e despachantes.

Para Fernando Sperb, presidente da CBH, a missão fui cumprida. “Foram muitas reuniões e a ajuda de muitas pessoas até chegarmos neste momento. Através inicialmente do Fabrício Búfalo e depois com o Nuno Eusébio, a Câmara Setorial de Equideocultura foi essencial para liberarmos as fronteiras sanitárias. É um marco histórico, a ser comemorado por toda a comunidade. Tenho a convicção que isso mudará o esporte no Brasil e para o comércio dos cavalos brasileiros”, destacou Fernando Sperb.

Nuno Miguel Gomes da Costa Brito Eusébio, presidente da Câmara Setorial de Equideocultura – CSE, também comemorou a concretização da boa nova. “Damos os parabéns aos proprietários e cavaleiros Vitor Dantas Medeiros de Carvalho e Priscila Luminatti e às suas equipes (veterinários, despachantes, agentes de cargas, etc.) pela dedicação e obstinação em fazerem com que se tornasse possível esta primeira viagem. E desejamos sucesso nas futuras competições destes cavaleiros e cavalos na Europa em representação do Brasil”, disse Nuno Eusébio. “Acreditamos que estes sejam os primeiros de muitos cavalos que o Brasil venha a exportar, seja de animais nascidos no Brasil, seja de animais provenientes de outros países, e que, com isso, o Brasil volte a conquistar o reconhecimento de ser um país de bons cavalos, seja pela sua vocação para a criação de cavalos, seja pela qualidade dos seus cavaleiros”, complementou.

Para Marcelo Servos, “sem dúvida, a abertura da fronteira, um trabalho que começou há três anos, foi uma conquista muito grande. Depois da Rio 2016, em que havia um corredor sanitário especial, nunca mais tivemos voos diretos de cavalos para Europa. A última vez havia sido em 2014. Agora os cavalos podem cumprir a quarentena no Brasil, em casa, como foi o caso do Quebec, na Sociedade Hípica Brasileira. Já o More than Extra cumpriu a quarentena no Paraná. Depois da chegada no aeroporto, em menos de 24 horas, chegaram ao destino de suas cocheiras na Europa. O tempo de espera dos cavalos dentro do caminhão no aeroporto – na sombra com bastante espaço, água e feno – também foi curto, ou seja, sem nenhum prejuízo para o sucesso da viagem.”

O presidente da Câmara Setorial de Equideocultura Nuno Eusébio ainda abordou as próximas metas. “Este é apenas um primeiro e importante passo para a Equideocultura nacional, colocando o Rio de Janeiro no mundo internacional do cavalo e da competição equestre. Mas ainda há muita coisa a ser feita, como a liberação do Estado de São Paulo para exportar para a União Europeia, assim como de um novo protocolo para exportação de material genético. Contamos com a participação e apoio de todo o setor para isso de tornar possível, sendo uma conquista de todos e para todos.”

Vitor Dantas Medeiros, atual líder do ranking da liga sul-americana para Final da Copa do Mundo 2025, na Basiléia, em abril, destacou o desafio do sucesso da viagem. “Todo o trâmite desse primeiro voo direto ainda foi muito difícil. Mas graças, principalmente ao empenho do Nuno Eusébio, junto aos órgãos responsáveis, tudo deu certo”, destacou o cavaleiro brasileiro, que agora se prepara para uma temporada em solo europeu com vistas à Copa do Mundo. “Com a ida do Quebec da Priscila Luminatti para Europa, também foi possível reduzir o custo da viagem aérea. Só tenho a agradecer a todos por esse esforço”, disse Vitinho.

Por Assessoria de Imprensa CBH
Fotos: Reprodução/Freepik

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