O projeto de Equitação Terapêutica e treinamento Paraequestre Rehbhorse, desenvolvido com pacientes de todas as idades e graus de deficiência, foi interrompido devido ao desaparecimento de seus cavalos Estrela e Vitorino e por problemas financeiros.
Vitorino era preparado para atuar com os pacientes e participava de provas de Três Tambores na modalidade Paraequestre. Atualmente, o projeto conta com seis alunos inscritos na categoria.
Segundo Fernanda Horani fonoaudióloga responsável pelo projeto, o Rehabhorse atuava na última fase da equoterapia, a iniciação esportiva. “Levávamos competidores de todas as idades e graus de deficiência para participar das provas de Três Tambores na modalidade Paraequestre, promovendo a inclusão social dessas pessoas. Em breve esperamos ter a oportunidade de retomar esse projeto”, ressalta Fernanda.
O Rehabhorse é um projeto social gratuito de vivências com cavalos e mini animais da fazenda. A missão é proporcionar as pessoas com deficiência uma experiência única e engrandecedora de contato com a natureza.
Localizado em Uberlância (MG), o projeto conta com um espaço de 1000 m2, onde está instalado uma mini fazendinha que acolhe 12 espécies de animais. “Buscamos ser um espaço de referência em lazer, educação e entretenimento inclusivo e acessível para pessoas com deficiência, onde elas tenham a oportunidade de interagir, alimentar e cuidar dos animais, conhecer árvores frutíferas, horta, modelos didáticos de sustentabilidade e cuidados com o meio ambiente, que talvez não teriam acesso devido à dificuldade de locomoção e mesmo financeira” enfatiza a fonoaudióloga.
Ainda, segundo a responsável pelo projeto, o Hehabhorse visa proporcionar ao portador de deficiência a oportunidade de aproveitar gratuitamente todos os benefícios físicos, psicológicos e sociais que o contato com o meio rural e os cavalos proporcionam. “Se o cavalo e a natureza fazem tão bem, não é justo que eles façam bem somente a quem pode pagar!”, enfatiza.
Dificuldades financeiras
Com o desaparecimento do cavalo, aliado à crise econômica da pandemia, o projeto passou por graves problemas financeiros. “Como não temos ajuda fixa, contamos apenas com trabalho voluntário, precisávamos de ajuda para custear a alimentação dos animais. Com isso, eu não consigo colocar mais nenhum animal no projeto”, lamenta Fernanda.
Porém, para voltar com todas as atividades o projeto precisa de apoio. Doação de insumos (ração para cavalo, coelho, ovino, quirela, milho, silagem, casca de soja ou feno), produtos de limpeza e materiais de construção.
Além disso, para quem puder colaborar com uma quantia maior, o projeto oferece a Ação Padrim, em que com um valor fixo mensal, o doador apadrinha um animal. “São valores pequenos, entre R$ 7 e 70 mais que nos ajudam a custear o projeto. Temos ainda uma venda solidária, com alimentos da origem natural, vindos do projeto, vestuário country e rifas.
“Complicado, mas essa é a nossa missão. Nunca desistimos porque acredito que Deus nos usa para poder aliviar um pouquinho a caminhada das crianças e das família especiais. A vida já é tão dura para eles, muitos nunca teriam a oportunidade de conhecer uma vaca, porco, galinha, tirar leite, colher ovos, pescar, plantar uma semente, colher uma fruta, cavalgar ou estar mais próximo a natureza simplesmente pela dificuldade de acesso da cadeira de rodas a área rural. O propósito é grande, temos muitas ideias e muita coisa para ser feita. Mas vamos construindo aos poucos”, finaliza Fernanda.
Para mais informações sobre o projeto Rehabhorse ou doações basta entrar em contato pelo telefone (34)996699700 ou pelo Instagram @Rehabhorse.
Por: Camila Pedroso
Foto: Divulgação
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