O puro-sangue inglês, também chamado de PSI, ou em inglês Thoroughbred, é uma raça de cavalos originária da Inglaterra. Desse modo, sua principal utilização, devido à sua grande velocidade, é em competições esportivas como o turfe (corridas) e o hipismo.
Em outras palavras, o puro-sangue inglês tem origem nos séculos 17 e 18 na Inglaterra. Nasceu, antes de mais nada, através de cruzamentos de éguas locais com garanhões árabes e berberes. Por consequência, a necessidade da melhora do desempenho em pistas dos animais existentes nas ilhas britânicas derivou do gosto popular crescente pelas competições.
Entre os cavalos orientais que contribuíram na formação da raça, cavalo árabe ou turco (Equus caballus aryanus); a sub-raça Nedjed, do centro do deserto do Saara. Assim como o barbo, berbere; mongólico ou mongol (Equus caballus africanus). Esse último originário da Ásia central, levado para a África antes do árabe.
Costuma-se dizer, então, que as linhagens masculinas descendem fundamentalmente de três garanhões base: Herod (Byerley Turk); Eclipse (Darley Arabian), o ramo mais numeroso nos dias atuais; Matchem (Godolphin Barb). A saber, os nomes destes cavalos referiam-se aos nomes dos proprietários: Capitão Byerley, Thomas Darley e Lord Godolphin, respectivamente.
Puro-sangue inglês ideal para velocidade
Como dito, o gosto popular pelas competições puxou o desenvolvimento da raça. As corridas, originalmente, eram restritas às propriedades rurais para distração dos senhores de terras. Assim, é provável que, desde que o homem começou a montar cavalos, os cavaleiros disputem corridas. Entretanto, foi no século 17, na Inglaterra, que as disputas começaram como esporte.
De acordo com a Enciclopédia Larousse dos Cavalos, o Rei Jaime I notou que a nobreza escocesa comparava a rapidez de seus cavalos nas corridas. A vantagem, nesse sentido, era que as corridas permitiam selecionar os animais mais rápidos, não só para o serviço militar, como também a o civil. Por isso, o rei encorajou a importação de bons cavalos estrangeiros.
Com efeito, atitude mantida por seus sucessores. Cobertas pelos garanhões das raças citadas acima, as éguas nativas mais rápidas deram à luz a potros cada vez maiores e mais habilidosos. Em 1750, os ingleses estabeleceram a raça, criando seu studbook. Todos os puro sangue inscritos possuíam, pelo menos, um dos três excepcionais genitores em sua ascendência.
A paixão por esses cavalos ‘comedores de vento’ foi tanta que os campos de corrida rapidamente se multiplicaram pela Inglaterra. Nesse meio tempo, as apostas também se popularizaram. Desde então, a febre inglesa se espalhou. E as corridas hípicas passaram a ser organizadas em todo o mundo.
Características
À primeira vista, percebe-se a suavidade de sua pelagem sedosa. Com dorso curto, tórax largo. Passagem de cilha profunda, garupa alta e plana (mas sempre musculosa). Bem como canelas curtas, o puro-sangue inglês exibe as características de um exímio corredor.
Possui de 1,62 m a 1,67 m de altura de cernelha. E a cabeça dessa raça possui perfil reto ou levemente ondulado. Olhos grandes, orelhas médias e narinas elípticas. As pelagens variam entre o castanho, alazão, negro e tordilho. Normalmente, as pelagens são uniformes.
Hoje, o puro sangue inglês é criado em todos os continentes. Países como Estados Unidos, Argentina, França, Rússia. E ainda Alemanha, Austrália, Colômbia e Brasil, além da Inglaterra. Entre os objetivos dos criadores, correr e ganhar.
Por outro lado, o montante de dinheiro que circula nas corridas faz a raça desenvolver-se até mesmo em países que, aparentemente, são pouco propícios à sua criação. Em Hong Kong, por exemplo, que não possui pastagens. Ou no Panamá, onde a cana-de-açúcar se desenvolve melhor do que a alfafa.
No Brasil, o studbook do PSI tem administração da Associação Brasileira de Criadores e Proprietários do Cavalo de Corrida. Fundado no dia 21 de fevereiro de 1891, pelo decreto 14/4 do Governo Provisório.
Atualmente, os cavalos puro-sangue Inglês exercem muita importância para as linhagens de cavalos de Salto. Eles são comumente cruzados para criar novas raças ou melhorar as existentes. Muitos criadores de raças como Brasileiro de Hipismo, Sela Holandesa, entre outras, de tempos em tempos, ainda colocam sangue PSI em seus cavalos. Além disso, têm sido influentes na criação de outras raças e outros cavalos de sangue quente.
Fonte: Enciclopédia Larousse dos Cavalos, Wikipedia, Univittá
Crédito das fotos: Divulgação/Pexels
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