O relacionamento entre homens e cavalo ainda é cercado por muitos erros cometidos pelos humanos que atrapalham a qualidade desta interação. O cavalo é um animal claustrofóbico e como tal, possui muitos medos.
Muitas vezes, durante o tratamento de cavalos traumatizados, não só fisicamente como mentalmente, os especialistas alcançam a cura do animal, mas ao voltar para seus tutores, em apenas alguns dias, o cavalo volta com os mesmos problemas e muitas vezes piores.
“Por muito tempo eu trabalhei com a reabilitação de cavalos traumatizados não só fisicamente como também psicologicamente, mas sentia uma certa frustração, pois entregava o animal perfeito, ótimo, recuperado, e em uma semana ele voltava a ter problemas ainda piores”, comenta a médica veterinária Paolla Lucchin.
Diante dessa realidade, nasceu a necessidade de a especialista trabalhar não apenas com os animais, mas também com as pessoas, conhecê-las. “E entender como as coisas aconteciam para mudar a realidade dos animais”, completa.
Este é o mote do Curso de Comportamento Equino, que Lucchin realizará nos próximos dias 3 e 4 de dezembro, na Ulbra Canoas (RS). O curso é destinado a proprietários, criadores, veterinários e todos que se relacionam com os equinos de algum modo.
Durante o curso, a médica veterinária apresentará seu método R.E.A.C.T.. Trata-se de uma metodologia que mescla o comportamento humano e animal, apontando como nossas atitudes pode interferir drasticamente nessa relação.
Alguns destes problemas, exemplifica a veterinária, podem acontecer logo após o nascimento. “Quando ainda são potros, principalmente antes dos dois anos, os cavalos se sentem presos, têm medo naturalmente, porém, são muito curiosos. Algumas pessoas, ao invés de usar esta curiosidade ao seu favor, acabam se aproximando e agarrando o potro à força e, com isso, a primeira sensação e conhecimento que eles têm do ser humano é contenção, e o cavalo é um animal claustrofóbico”, explica.
Esta claustrofobia, segundo a especialista, não se refere apenas a estar em um ambiente fechado, mas sim de se sentir preso. “Acontecem acidentes terríveis simplesmente por deixarem o cavalo contido, não darem a ele a possibilidade de andar e ainda usar uma angulação de aproximação errada”, destaca a veterinária.
A técnica correta de aproximação do humano com o cavalo, que ensina Paolla Lucchin, lembra um dos momentos da técnica de doma de Monty Roberts. “A forma mais adequada de nos aproximarmos de um cavalo é sempre posicionando o corpo mais lateralmente, e indo pelo lado dele em direção à escápula, paleta e nunca levando a mão na cara. A mão se aproxima como que convidando ele a nos cheirar e ver que ele pode confiar”, descreve. Especialista em neurociências, Paolla Lucchin também garante que o cavalo pode sentir os cheiros que nosso corpo emana conforme nossos sentimentos.
Para obter mais informações e realizar a inscrição acesse o perfil da médica veterinária Paolla Lucchin no Instagram @paollalucchin.
Fonte: Assessoria de imprensa
Fotos: Divulgação/ @paollalucchin
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