Seu cavalo nega um tambor?

Claudia Ono, em sua coluna da semana, pede uma reflexão: coloque-se no lugar do seu cavalo e as soluções surgirão

Vou contar o que aconteceu com um conjunto (cavalo e cavaleiro) que veio para a Mentoria depois de várias provas negando o segundo tambor.

Não importa porque isso acontecia. Tanto faz o motivo agora. Antes de tudo, não é sobre o problema, é sobre a solução.

Esse conjunto, portanto, veio para a Mentoria porque não virava o segundo tambor. Independente do motivo, a única coisa certa é que CAVALOS NÃO RESOLVEM DEIXAR DE VIRAR.

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Em algum momento, mostrou-se a ele que não era seguro virar. Assim, na hora da prova, a ação do competidor impedia o giro.

É comum ter competidores indignados quando digo que são eles que atrapalham e impedem o cavalo de trabalhar.

Quando isso acontece é porque esse competidor não está pronto para mudar. Antes de mais nada, não está pronto para descobrir como acertar.

É fato: a nossa ação SEMPRE gera uma reação nos cavalos. Então, o pulo do gato é ter clareza sobre isso. Saber o que estamos solicitando. E solicitar corretamente.

Apenas dois passos colocaram esse cavalo (e outros mais) dentro do giro:

1️- A descoberta de como indicar aquilo que desejamos

Puxar as rédeas para virar é a mais pobre das ações no percurso. Dependendo da forma como se puxa, o cavalo imediatamente escapa do giro.

Mas, indicar o giro e ajudar o cavalo a usar o corpo adequadamente faz com que seja muito fácil para ele.

2️- Incentivar seu cavalo a seguir você

Quanto mais pressão colocar, mais rápido ele evitará a pressão. Pressão contínua não indica o que você quer; mostra que você não sabe como pedir e deixa seu cavalo ansioso.

Porém, indicar com uma pressão mínima e pontual faz seu cavalo entender o que espera dele. Isso cria segurança.

Claudia Ono, em sua coluna da semana, pede uma reflexão: seja analítico, coloque-se no lugar do seu cavalo e as soluções surgirão
Foto: Divulgação/Calgary Stampede Rodeo

Você passa por algo semelhante?

Então, grave esta dica: todas as solicitações durante o giro devem ser aplicadas com a mão para a frente e ligeiramente para dentro do giro.

Dessa forma, o que determina o equilíbrio e estabilidade do corpo de um cavalo é seu pescoço e cabeça.

Por isso, quando alguém puxa e o cavalo se sente perdendo o equilíbrio (além da dor) ele acaba evitando não mais passar por essa situação naquele tambor.

Na verdade, nós faríamos o mesmo, certo? Seja analítico e coloque-se no lugar do seu cavalo e as soluções surgirão.

Por Claudia Ono
Três Giros
Crédito da foto: Reprodução/Facebook

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