Vou contar o que aconteceu com um conjunto (cavalo e cavaleiro) que veio para a Mentoria depois de várias provas negando o segundo tambor.
Não importa porque isso acontecia. Tanto faz o motivo agora. Antes de tudo, não é sobre o problema, é sobre a solução.
Esse conjunto, portanto, veio para a Mentoria porque não virava o segundo tambor. Independente do motivo, a única coisa certa é que CAVALOS NÃO RESOLVEM DEIXAR DE VIRAR.
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Em algum momento, mostrou-se a ele que não era seguro virar. Assim, na hora da prova, a ação do competidor impedia o giro.
É comum ter competidores indignados quando digo que são eles que atrapalham e impedem o cavalo de trabalhar.
Quando isso acontece é porque esse competidor não está pronto para mudar. Antes de mais nada, não está pronto para descobrir como acertar.
É fato: a nossa ação SEMPRE gera uma reação nos cavalos. Então, o pulo do gato é ter clareza sobre isso. Saber o que estamos solicitando. E solicitar corretamente.
Apenas dois passos colocaram esse cavalo (e outros mais) dentro do giro:
1️- A descoberta de como indicar aquilo que desejamos
Puxar as rédeas para virar é a mais pobre das ações no percurso. Dependendo da forma como se puxa, o cavalo imediatamente escapa do giro.
Mas, indicar o giro e ajudar o cavalo a usar o corpo adequadamente faz com que seja muito fácil para ele.
2️- Incentivar seu cavalo a seguir você
Quanto mais pressão colocar, mais rápido ele evitará a pressão. Pressão contínua não indica o que você quer; mostra que você não sabe como pedir e deixa seu cavalo ansioso.
Porém, indicar com uma pressão mínima e pontual faz seu cavalo entender o que espera dele. Isso cria segurança.
Você passa por algo semelhante?
Então, grave esta dica: todas as solicitações durante o giro devem ser aplicadas com a mão para a frente e ligeiramente para dentro do giro.
Dessa forma, o que determina o equilíbrio e estabilidade do corpo de um cavalo é seu pescoço e cabeça.
Por isso, quando alguém puxa e o cavalo se sente perdendo o equilíbrio (além da dor) ele acaba evitando não mais passar por essa situação naquele tambor.
Na verdade, nós faríamos o mesmo, certo? Seja analítico e coloque-se no lugar do seu cavalo e as soluções surgirão.
Por Claudia Ono
Três Giros
Crédito da foto: Reprodução/Facebook
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