Soro produzido em cavalos contra Covid-19 deve ser testado em humanos

O Instituto Butantan, responsável pelo desenvolvimento do soro, já pediu autorização para a Anvisa para iniciar essa fase de testes

O soro produzido em cavalos contra Covid-19 deverá ser testado em humanos em breve. Afinal, o Instituto Butantan, responsável pelo desenvolvimento do soro, já encaminhou pedido de autorização para iniciar os testes à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com o Instituto Butantan, o soro produzido em cavalos contra Covid-19 pode ajudar a reduzir a letalidade e a gravidade da doença. Além disso, deverá aliviar o sistema de saúde, que está à beira do colapso em decorrência do aumento do número de casos em todo o país.

Ainda de acordo com o Butantan, os testes iniciais devem ser feitos com pacientes transplantados de rim do Hospital do Rim. Bem como pacientes com comorbidades do Hospital das Clínicas. Ambas unidades da capital paulista.

O pedido de autorização para o início dos testes do soro produzido em cavalos contra Covid-19 já foi recebido pela Anvisa. Mas, por enquanto, está em análise técnica. Além disso, a órgão federal informou que o Butantan ainda não entregou o Dossiê Específico de Ensaio Clínico, que contém o protocolo clínico do estudo a ser realizado. Documento obrigatório para a avaliação, segundo a Anvisa.

Mesmo assim, a expectativa do Butantan é que os testes sejam autorizados em breve.

Soro produzido em cavalos contra Covid-19

Ainda segundo o Butantan, o soro é produzido a partir da inoculação do vírus inativo em cavalos. O corpo dos animais reage ao microrganismo e produz anticorpos para combater a infecção. Depois, o sangue dos equinos é coletado e esses anticorpos são isolados para que possam ser usados contra a doença.

Antes de iniciar os testes em humanos, o Instituto Butantan realiza testes em animais, como coelhos e camundongos. Como resultado, houve a diminuição da carga viral e perfil inflamatório reduzido. Além disso, os animais apresentaram preservação da estrutura pulmonar.

Vale ressaltar que o soro, em testes pré-clínicos, demonstrou que é seguro e efetivo em dois tipos de estudos animais. Mas agora os pesquisadores querem testá-lo em humanos a fim de verificar a segurança e a eficácia em pacientes já infectados com o novo coronavírus.

Ao todo, há 3 mil frascos de soro prontos para o início imediato dos testes em humanos. Caso o apresente a eficácia esperada nos testes em humanos, poderá ser usado para tratar pacientes que já estejam infectados e apresentem sintomas.

Fonte: Agência Brasil 
Crédito da foto: Divulgação/Instituto Butantan

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