Um suposto surto de raiva em equinos está sendo investigado em Marília, cidade localizada no Centro Oeste Paulista. De acordo com informações de um portal de notícias do município, além de cavalos, outros animais também foram encontrados apresentando os mesmos sintomas.
O caso foi registrado na Fazenda do Estado, bairro rural de Marília. Ao menos, 10 animais teriam morrido, entre eles equinos e bovinos, que apresentaram quadro de desorientação, movimentação cambaleante e acumulo de saliva.
Segundo relatos de moradores do bairro, as primeiras mortes aconteceram há cerca de um mês. Contudo, nos últimos 10 dias houve um aumento significativo.
Através de nota oficial, a Prefeitura de Marília informou que vem registrando casos de raiva em herbívoros desde novembro de 2020 em algumas propriedades rurais do município. Porém, no momento investiga-se o caso de um equino que veio ao óbito no último domingo (31) após apresentar sintomologia compatível com a doença.
Ainda por meio de nota, disse que a Secretaria Municipal da Saúde de Marília vem acompanhando todos os casos relatados. Visando, sobretudo, proteger contactantes, ou seja, pessoas que possam ter entrado em contato com animais suspeitos.
Raiva em equinos: o que você precisa saber?
A raiva é causada por um vírus encontrado na saliva de mamíferos infectados, como morcegos, gatos, cachorros, gambás, etc. Portanto, a transmissão ocorre através da mordida do animal infectado no cavalo. No entanto, é possível a contaminação ocorrer a partir de um corte aberto ou membrana mucosa em contato com a saliva do animal infectado.
Após a exposição ao vírus, os sinais clínicos geralmente aparecem em duas a seis semanas. Mas, de acordo com especialistas, já foram relatados tempos de incubação mais longos. Afinal, o vírus viaja pelos nervos, do local de exposição até ao cérebro.
Inevitavelmente, os sinais clínicos são altamente variáveis no cavalo e, sobretudo, a doença progride rapidamente. Cavalos com sinais clínicos geralmente morrem dentro de cinco a sete dias. Ademais, durante o período entre os sinais clínicos e a morte, os cavalos infectados podem expor outros animais e até seus treinadores e tratadores humanos ao vírus da raiva.
Os sinais clínicos podem incluir:
- Mudança repentina de comportamento;
- Claudicação ou incapacidade de subir;
- Pressionando a cabeça e circulando;
- Dor ou dificuldade em urinar;
- Tremores ou convulsões musculares;
- Ereção persistente e dolorosa na ausência de interesse sexual;
- Perda de apetite;
- Aparência de estrangulamento;
- Sinais neurológicos como incoordenação e paralisia;
Tratamento e prevenção da raiva em equinos
Infelizmente, não há um tratamento específico para raiva. Uma vez que os sinais clínicos apareçam, é ideal limitar, ao máximo, a exposição do cavalo infectado com seres humanos e outros animais na fazenda.
Em primeiro lugar, ligue para o seu veterinário imediatamente para garantir que todas as outras causas potenciais dos sinais clínicos foram descartadas antes de considerar a raiva em equinos. O diagnóstico só pode ser feito realizando a necropsia do equino, bem como a coleta do material para diagnóstico.
Por Equipe Cavalus
Fonte: Marília Notícias
Crédito da foto: Reprodução/Marília Notícias
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