Os locutores são a voz, a energia e a alma de uma prova. São os responsáveis por levar informação e também deixar o ambienta agradável
Com seus bordões e jeitos peculiares à cada personalidade, os locutores são a alma de uma prova. Já imaginou ir a um evento de cavalo e não ouvir a voz de um locutor? Fica até um pouco estranho, não é mesmo?
São eles que comandam o ritmo, que animam o público, também apoiam os competidores, no acerto e também no erro, fazem o serviço de utilidade pública, enfim, uma infinidade de atribuições. Uma grande responsabilidade é depositada nas mãos desses profissionais.
Há os já consagrados, mas também uma nova e boa safra de locutores despontando no mercado. A eles, todos os votos de boa sorte nessa longa jornada pelo Brasil, de prova em prova! Vamos conhecer um pouquinho de alguns desses novos locutores?
Nome: João Paulo Fernandes de Lima (João Paulo Locutor ou JP Locutor)
Cidade: São José do Campestre/RN
Idade: 30 anos
Como começou sua carreira como locutor? Iniciei como auxiliar de locutor e juiz de Vaquejada. Em uma brincadeira com meu amigo Agripino Nelo e seu pai Tico Nelo, fui convidado para fazer locução do evento deles. Nos Três Tambores comecei por sugestão de Aninha Lamas, que que falou sobre o esporte e me apresentou à diretoria do 3TRN. E depois, quando conheci Renato Mafra, fui a algumas provas no Pernambuco.
Tem algum envolvimento com cavalos? Sim, meu avo, pai e tio foram vaqueiros. Corri Vaquejada por um certo tempo, mais sofri uma lesão no joelho, parei de competir. Também me formei em Enfermeiro e o tempo ficou curto.
Quais provas você trabalha? Atualmente faço parte da Copa Potiguar Organnact de Três Tambores pelo 3TRN, Copa Du Rancho, em Pernambuco, Campeonato Pernambucano de Três Tambores, Super semana NBHA Nordeste e várias vaquejadas.
A locução é um complemento da sua renda ou vive disso? Hoje faz parte de minha renda, mas divido meus dias com plantões como Enfermeiro.
Qual seu sonho profissional? Chegar um dia ao Barretão e Haras Raphaela. Porém, o sonho de ser locutor já se realiza a cada dia. Faço parte do Time Organnact de locutores.
Quem você admira como locutor no meio equestre? Nos Três Tambores, o Jackson Lobo, Helio Fiuza. Na Vaquejada, Chico Locutor, Gilmar Locutor, Prefeito, Berguinho, Jeferson e Juca.
João PauloNome: Júlio César
Cidade: Bauru/SP
Idade: 23 anos
Como começou sua carreira como locutor? Tudo começou como uma brincadeira de escola, apresentação escolar com versos de rodeios. Comecei a acompanhar provas de Três Tambores e fui pegando gosto. No começo, pedia aos locutores do evento para narrar uma bateria, já achava o máximo.
Tem algum envolvimento com cavalos? Tínhamos cavalos de lida de campo e também na época da escola começamos a ‘brincar’ de Três Tambores. Depois comecei a treinar um centro de treinamento, onde passei a levar a sério o esporte. Hoje sou instrutor de equitação nas horas vagas e quando sobra um tempo participo de alguma competição.
Quais provas você trabalha? Minha primeira prova como locutor profissional foi na Festa do Peão de Timburi, com apenas 16 anos. Hoje estou em alguns circuitos de provas, como Regional Oeste, Núcleo Castello Branco, Haras GKF, Copa Avaré da NBHA Brazil, Play Horse em Bauru, Boi Bravo também em Bauru, Chacra Fiorin Circuito Terrasemen, que além de locutor sou o organizador, Circuito MHorse e várias provas em rodeios.
A locução é um complemento da sua renda ou vive disso? Hoje levo a locução como trabalho profissional, dedicando cada dia mais para ir melhorando a cada prova, pois vivo disso.
Qual seu sonho profissional? Meu sonho profissional está sendo realizado, a cada me envolvendo mais nas provas como locutor de provas equestres, pois além da modalidade Três Tambores, também narro Laço em Dupla, Laço de Bezerro, Team Penning.
Quem você admira como locutor no meio equestre? Hoje me inspiro e peço muitas dicas para um grande amigo, o Homem do Lobo, Jackson de Oliveira. E também admiro muito o Alessandro Mendes, outro grande locutor, no meu ponto de vista.
Julio CesarNome: Renato Elias
Cidade: Mogi Guaçu/SP
Idade: 38 anos
Como começou sua carreira como locutor? Como diz o ditado, locutor é um peão que não deu certo, mas no meu caso tudo se iniciou de verdade há 20 anos. Eu trabalhava com uma banda country e sempre tive mania de fazer locuções e versos na hora de passar o som. Estávamos em um rodeio e o locutor oficial teve problemas, me pediram para fazer. Assim começou a minha carreira.
Tem algum envolvimento com cavalos? Na minha juventude, gostava de romarias, passeios, desfiles. Hoje em dia já não tenho mais essa ‘intimidade’ como eu gostaria. Mas cavalo é minha paixão, tenho Três Tambores na veia.
Quais provas você trabalha? Meu forte sempre foi o rodeio em touros, aqui na minha região. Até que comecei a narrar os Três Tambores, em rodeios também e alguma provas particulares. Hoje me dedico exclusivamente às provas cronometradas. Estudei muito, para me aperfeiçoar, e trabalho nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
A locução é um complemento da sua renda ou você vive disso? Depois de apanhar muito, hoje se tornou um complemento, mas já vivi de rodeios por muitos anos.
Qual seu sonho profissional? É um dia fazer parte do time ANTT, narrar os Três Tambores em Barretos, nas provas da ABQM e Haras Raphaela. Esses são, na minha opinião, as maiores e melhores do Brasil.
Quem você admira como locutor no meio equestre? Alessandro Mendes
Renato Elias
Nome: Willian Maia Coutinho
Cidade: Lucélia/SP
Idade: 28 anos
Como começou sua carreira como locutor? Fui em uma provinha na casa de um amigo e não tinha quem falasse. Ele me pediu para tocar a prova, fui meio envergonhado, mas dali para frente não parei mais (risos).
Tem algum envolvimento com cavalos? Treinei cavalos. Cheguei a viver do cavalo como treinador, mas depois que comecei a narrar parei. Hoje tenho minhas éguas em casa, mas só por hobby.
Quais provas você trabalha? Já tive a oportunidade de narrar o Campeonato Nacional ABQM em 2017 e trabalho em algumas etapas da CPLD, prova do Issao, prova dos Campeões, Future Team Roping, MSTR, CVLD, Haras Zampierri, entre outras no Brasil todo.
A locução é um complemento da sua renda ou vive disso? Hoje eu vivo da locução.
Qual seu sonho profissional? Meu sonho é continuar fazendo o que amo, que é narrar provas. Agradeço todo dia a Deus por minhas oportunidades e em tão pouco tempo eu já narrar as melhores provas do Brasil.
Quem você admira como locutor no meio equestre? Admiro o Alessandro Mendes, Rony Fernandes e Geandro Rodrigues.
Willian MaiaPor Luciana Omena e Verônica Formigoni
Fotos: Cedidas