Da forma como conhecemos, o Adestramento remonta à mais longínqua antiguidade, dos mongóis aos árabes, passando pelos egípcios e persas
No Adestramento Clássico, o cavalo não é um instrumento ou objeto e, sim o sujeito. É para ele que todas as atenções devem convergir. Segundo a Confederação Brasileira de Hipismo, as provas são disputadas nos diversos níveis de dificuldades e de categorias, grupadas em faixas etárias. Os competidores devem executar, de memória, movimentos perfeitamente definidos pelo Regulamento de Adestramento, numa sequência pré-estabelecida (reprise), nas três andaduras naturais do cavalo: passo, trote e galope.
É um esporte equestre olímpico em que o Brasil tem representantes fortes, com diversos títulos internacionais. Também é modalidade integrante do quadro dos Jogos Equestres Mundiais, as olimpíadas do cavalo. Mas e o Adestramento Western? “A palavra adestramento significa ‘treinamento’. Assim, com isso em mente, o adestramento western é treinamento western e o adestramento clássico é o treinamento inglês. O adestramento clássico foi originalmente criado para treinar cavalos para poder manobrar em batalha, enquanto o western foi criado para destacar o treinamento de um cavalo para o trabalho de fazenda”, explica Erin Reid, treinadora há mais de 20 anos, em seu rancho Bein Performance Horses, que fica em Cave Creek, Arizona.
O Adestramento Western ganhou impulso recentemente à medida que mais e mais competidores se interessaram em aprender mais sobre essa disciplina relativamente nova. Já existe nos Estados Unidos a Western Dressage Association, que tem por missão celebrar o Oeste americano e tudo que o envolve. “Sempre procuro explicar aos alunos que o dressege western nada mais é do que movimentos executados, em níveis que vão subindo em grau de dificuldade, e mostra o treinamento que o cavalo precisa para ser um cavalo de Rédeas ou de Apartação, por exemplo. Todos os cavalos de trabalho devidamente treinados aprenderam primeiro o básico para depois serem bem-sucedidos em suas modalidades de destino”.
Ambas as disciplinas, clássico e western, são iguais no formato: as mesmas arenas são usadas, assim como o mesmo sistema de julgamento. Podem ser realizadas a céu aberto ou em pistas fechadas, em um cercado, ou picadeiro, de 20x60m, em piso de areia. Quem assiste, tem a certeza que de o conjunto está dançando. Os movimentos são suaves, plásticos e belos. Erin Reid trabalha, basicamente, com animais da raça Árabe, mas já treinou alguns da raça Quarto de Milha também. Ela também indica o treinamento para cavaleiros de todas as idades e qualquer grau de equitação. Para ela, é fascinante ver como todos podem aprender a partir do básico da modalidade, independentemente do grau avançado ou limitado de equitação que possuem. Também é interessante observar que o trabalho acaba por fazer o cavaleiro entender como o seu cavalo aprende, tornado maior a conexão entre eles.
E como o nome mesmo diz, outra diferença é o vestuário western apresentada na nova modalidade. Calça jeans, camisa, bota texana, cinto e fivela são usadas nas provas do Adestramento Western, enquanto no tradicional, a vestimenta é fraque e cartola. Algum brasileiro ai disposto a se aventurar?
Por Luciana Omena
Fonte: Cowgirl Magazine e CBH