A idolatria que muitos brasileiros têm pelos “gringos”, acreditando que eles entendem a alma dos cavalos e os amam acima de todas as coisas, muitas vezes é pura ilusão. Na década de 90, o mercado estava em baixa. Boas matrizes, prenhas e com potro ao pé, eram vendidas, não somente no Leilão Oficial da ABQM, como em várias praças, por R$ 60, em 12 parcelas. Mas nem por isso, os verdadeiros cowboys, mandavam seus cavalos para o “gancho”, pois acima de todas as coisas, esses grandiosos animais contribuíram para a história na raça. Contudo, era a época de liquidação de um dos maiores e lendários criatórios de Quarto de Milha no Brasil. Lá, havia um administrador norte-americano, que mandava nos destinos de todos os cavalos. Seu bigode era maior do que sua bondade. Certo dia, bebeu umas e outras, brigou com a mulher. Pegou um revólver e foi em direção ao pasto. Sem dó, disparou em direção de um garanhão. Uma lenda na reprodução no Brasil, na linhagem de Trabalho. Ele estava velho, não produzia mais. Só dava despesa. A lenda foi “desaparecida” e depois de alguns anos, o falso cowboy voltou a sua terra natal (antes de ocorrer a fantástica recuperação da raça) e tudo ficou por isso mesmo… Deveriam desenterrar os ossos desse reprodutor e fazer uma estátua em sua homenagem. E o falso cowboy? Bem que merecia ser enforcado no melhor estilo do Velho Oeste.