A origem da modalidade foi nas fazendas por conta do manejo do gado
Os cowboys manipulavam o gado em todo o oeste e na Califórnia e assim precisavam laçar os bois e bezerros para diversas atividades nas fazendas. Até que algumas pessoas começaram a fazer disso um esporte, que se tornou um dos que mais premia e tem uma indústria própria nos Estados Unidos.
No final da década de 1960, o Team Roping começou a tomar corpo na Califórnia, estado em que a modalidade foi incluída nos principais eventos de rodeio. A essa altura, Leo, Reg e Jerrold Camarillo tornaram-se os primeiros nomes conhecidos do esporte e reconhecidos por todo o mundo quando se falava em Laço.
Para o fim dos anos 70, a indústria começou a ouvir nomes como os jovens Jake Barnes e Clay O’Brien Cooper, que depois ganharam sua primeira NFR em 1985. Se os Camarillos foram os primeiros nomes do Team Roping, Jake e Clay sinalizaram a chegada da era moderna para o esporte. Eles tinham um novo estilo de laçar e uma nova atitude profissional.
Em 1980, a necessidade de separar os competidores por handicap tornou-se óbvia, para manter o crescimento da modalidade. Surgiram a American Computer Team Roping Association, na Califórnia, e a Texas Roping Association – que se tornaria a Coors Roping Association – e tentaram criar os sistemas de handicap.
Denny Gentry, em 1988, estava no Novo México usando um sistema numérico de nove pontos, mas focando sua atenção para como isso tudo podia ser revisto em uma vasta premiação para os laçadores. Ele seguiu o processo de raciocínio dos casinos, em que a quantidade de dinheiro ganho era o que mandaria para separar os laçadores por categorias.
No começo dos ano 90, Gentry lançou a United States Team Roping Championships, em Albuquerque, Novo México. Foi a primeira associação nacional de Team Roping do mundo. No final da década, 16 estados já participavam da USTRC National Finals of Team Roping (NFTR), cuja premiação era de US$ 175.000,00.
Em 1991, Gary Poythress, proprietário do sistema de handicap RIDER, fundiu seu banco de dados de laçadores com o banco de dados da USTRC. Ele assumiu sua posição como Especialista em Informações (com coleta de dados) da modalidade Team Roping nos Estados Unidos. E com isso, desenvolveu o sistema nacional de classificação dos laçadores, algo que se tornou prioridade máxima para a USTRC.
No final de 1992, Gentry contratou a Stocks Publishing, de Chuck Stocks, para criar a Super Looper Magazine, que foi a primeira revista nacional para a indústria a mostrar os campeões, fornecer meio das empresas se divulgarem e também criar uma imagem para o esporte.
Já em 1995, a USTRC NFTR pagou US$ 2 milhões em prêmios. Este também foi o ano em que regras como rotações, incentivos e barreira para o cabeceiro foram introduzidas. Mais tarde, Hugh Chambliss e Gentry escreveram as ‘regras padronizadas de avaliação do team roping’.
Foi em 1998 que a Priefert Rodeo & Ranch Equipment uniu forças com Gentry, tornando-se o brete oficial da USTRC. Eles criaram um modelo específico para o Team Roping, fato que causou um ‘boom’, proliferando empresas do mesmo segmento. Com o mercado em movimento, surgiram outros tipos de produtos e equipamentos para cavalos de laço e laçadores.
A USTRC já pagava US$ 3 milhões em prêmios em 1999 quando Gentry vendeu a associação e assinou um contrato de cinco anos sem poder criar algo parecido e que se tornasse concorrência.
Michael Gaughan, membro do ProRodeo Hall Of Fame, em 2006, teve a ideia visionaria de construir uma instalação equestre de primeira classe em seu South Point Hotel & Casino, em Las Vegas. Quando o acordo de não concorrência de Gentry acabou, ele entrou de cabeça com Gaughan para movimentar o local e se tornar uma das principais pistas dos Estados Unidos.
Eles queriam montar um evento que funcionasse paralelamente à NFR. Em 2009 nasceu o World Series Of Team Roping, com regras próprias, com ideias de Gentry e da Priefert. Ajustaram barreira e algumas outras soluções para deixar o evento mais rápido, atraente, distribuindo milhares de dólares em uma arena indoor.
Após seis anos, em 2011, o WSTR tornou-se o quinto evento de cavalo com a maior premiação do mundo ao pagar US$ 4,7 milhões. Naquele ano, 20 membros do Hall da Fama da PRCA competiram na final do WSTR e tiveram a chance de ganhar mais dinheiro do que jamais conseguiram em suas carreiras profissionais.
A final do WSTR é agora, com dados de 2018, o segundo maior evento de cavalos e de laço do mundo. São cerca de US$ 13 milhões para laçadores amadores e profissionais.
Por Kaitlin Gustave/ Team Roping Journal
Tradução e adaptação: Luciana Omena
Fotos: Cedidas
Na foto de chamada: Jake Barnes e Clay O’Brien Cooper na NFR