A teoria das provas de Três Tambores na visão de Nellie Miller

Líder do ranking mundial WPRA da modalidade, amazona conta um pouco sobre seu método para preparar os cavalos e se preparar

O processo para o sucesso é algo que eu acho que diferencia cada um de nós competidores no esporte Três Tambores. Ter sucesso no esporte significa que cada um de nós tem um método diferente para nosso treinamento e preparação. Nenhum competidor é melhor, pior ou mais importante que outro.

Como cada competidor define seu estilo e método de treinamento é o que os torna únicos nessa jornada pelo sucesso no circuito mundial de rodeio. Dito isso, sem ser muito técnico, decidi repassar um pouco do que fazemos em casa.

O círculo perfeito     

Meu pai treinou cavalos a vida toda. Muito antes de meu pai pensar em Três Tambores, em mim, ou nos dois juntos, ele treinava cada cavalo em volta dos tambores em seu processo de doma. Quando comecei a ter vontade de competir na modalidade, todos os nossos cavalos já sabiam o que fazer.

Nunca previmos que Espuela Roan ‘Reba’, meu cavalo de rodeio da escola, ou Rebas Smokey Joe ‘Blue Duk’, se transformariam em cavalos de Três Tambores. Eles foram feitos para serem animais de Laço, e, geralmente, fazem o que você pede. Quando eu decidi começar a praticar Tambor, tudo surgiu muito naturalmente, tanto para o cavalo quanto para mim.

A base do nosso treinamento começa com um círculo perfeito. Nos primeiros 30 dias com um cavalo, esperamos que eles sejam capazes de virar o focinho, parar, recuar, andar, trotar e galopar um círculo perfeito em cada direção. É aqui que entra a paciência do meu pai e foi assim que ele começou todos os nossos cavalos.

Parece simples. E é. Mas leva muito tempo para aperfeiçoar esses primeiros 30 dias e deixar o cavalo tinindo para os Três Tambores. Cada animal tem uma personalidade diferente e uma quantidade diferente de talento natural. Mas uma constante para nós é a base.

Expectativas particulares

Reba e Blue Duck tinham nove anos de idade antes de eu correr com eles. Rafter W Minnie Reba ‘Sister’ comecei quando ela tinha sete anos. Todos os cavalos que meu pai treinou eram mais velhos antes de começarem a ganhar provas.

Existem várias razões para isso, e algumas eu nem conheço. Mas, para encurtar a história, é preciso muito tempo e dedicação para conseguir domar conforme o nosso gosto. Meu pai é muito crítico e passa muitas horas na sela trabalhando em cada cavalo. Às vezes, as pessoas não têm paciência como meu pai tem a cada cavalo mais difícil.

Está provado que os cavalos de Três Tambores podem vencer em tenra idade. Mas, pessoalmente, não sentimos a pressão de fazer um animal de quatro ou cinco anos de idade já campeões. Às vezes, nossos cavalos podem nem ver o percurso até os cinco anos. Podemos esperar porque só participamos de rodeios e não de provas Potro do Futuro.

Portanto, não é necessário corrermos um cavalo jovem. Por mais que eu queira apressar o processo, um cavalo mais velho é bom, se não melhor, em uma situação de rodeio. Os objetivos são específicos para atender às expectativas de cada indivíduo. Eu realmente aprecio a maturidade e o desenvolvimento de um cavalo mais velho quando começo a levá-lo para a estrada.

Percebo que estou em uma situação diferente da maioria dos competidores de Três Tambores. Tive a sorte de ter meu pai na minha casa como treinador para mim e meus cavalos. Embora nosso método possa ser idêntico ou até similar a outros, acho que a parte mais importante dessa jornada é nunca parar de aprender e montar muito. As horas na sela nunca são desperdiçadas.

Por Nellie Miller com ajuda de Kolbie Johnson/Barrel Horse News
Campeã mundial em 2017, ela lidera o ranking da WPRA e chegará a NFR  com US$ 154.610,50
Na foto com Cowboy na sua casa em Cottonwood, California. Crédito: Ross Hecox

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