Treino e prática são pontos principais para que os amadores possam voltar a competir em bom nível pós-quarentena
No jornal online Worldwild Slide, do Virtual Horse Help dos Estados Unidos, encontramos uma entrevista com diversos competidores Non Pro – ou seja, amadores – de Rédeas, que incluiu a brasileira Renata Lemann. O assunto é a quarentena e como todos estão se preparando para retornar às provas em grande estilo.
A ideia do artigo consiste em incentivar os amadores a se concentrar em seu objetivo; visualizar o sucesso; praticar para melhorar a parte técnica. De acordo com eles, essa é a forma mais assertiva para os Non Pros – competidores não-profissionais – se darem bem nas provas logo após um hiato prolongado sem eventos.
Não só para os amadores, mas também para os profissionais, pode ser um retorno difícil. Renata Lemann agora reside em Miami, Flórida. E ela conta ao Worldwild Slide que desde que passou a competir em Rédeas, em 2010, sempre morou longe dos cavalos. Por isso, está acostumada a passar meses sem montar. Eventualmente, devido a agenda de trabalho, chegava para uma prova poucos dias antes da apresentação para se familiarizar com o cavalo.
“Sem dúvida, eu nunca fui o tipo de competidor que monta regularmente e apresenta nos finais de semana. Acima de tudo, não acho que realmente isso é necessário como regra. Você pode apenas simplesmente ir ao evento e se divertir. E é dessa forma que eu acho que as pessoas deviam voltar após esse período de bloqueio, com a mente aberta. Estar com os cavalos e os amigos e não ser tão duros consigo mesmos, já que todos estarão na mesma situação”.
Como seguir em frente
Falando especificamente da temporada americana, Renata sabe que tudo demandará tempo para voltar ao normal. Mas as provas já estão começando a ser liberadas e há uma preocupação de como tudo vai se ajeitar. Como os grandes eventos irão fazer para se ajustar aos novos períodos para finalizar o ano, por exemplo. “Acredito que vai depender do regulamento de cada estado para que as pessoas e os eventos possam seguir em frente. O NRBC está confirmado, mudou o local, mas até lá será que todas as fronteiras estão abertas?”.
Com certeza, os organizadores estão encontrando uma solução para tudo e viabilizando cada ponto. O que fica para os amadores é a preparação não só dos cavalos e parte técnica, bem como a preparação mental. “Enfrentar uma grande e nova arena é difícil. O segredo é conhecer e se conectar com seu cavalo. Eu confio muito no meu, o Survivorman, e no meu treinador. O Non Pro tem que ter um profissional para fazer um ótimo trabalho com seu cavalo, é essencial”, reforça a brasileira.
Com os cavalos
Renata hoje está mais perto de Survivorman, portanto vivendo uma dinâmica diferente de outros tempos. Ela treina na Flórida com Dave Moore, que prepara o cavalo para ela e a orienta. Tudo começou em dezembro passado, quando ela levou o Survivorman para Miami. “Seu entusiasmo pelo treinamento me fez montar de forma mais consistente semanalmente. Com o apoio dele sei que estou me preparando melhor para os eventos e nessa nova rotina espero alcançar minhas metas”.
Contudo, Renata ainda mantém uma base forte no Texas, com o Eduardo Salgado. “Inclusive, já temos como uma das promessas a Isnt She Dreamy, que eu comprei no NRHA Fturity e que ganhou US$ 40 mil, filha do Magnum Chic Dream com a Miss Silver Gun”. Além dos cavalos de prova, ela começou a criar e o treinador brasileiro já está montando as filhas de sua égua Lil Dreamer.
Fonte: Virtual Horse Help
Tradução e adaptação: Luciana Omena
Crédito da foto de chamada: Divulgação/Waltenberry
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