A dupla levou não só o prêmio de US$ 100 mil pelo título, mas também dividiu o bônus – cada um levou mais US$ 333.333,33 – por ter ganhado vaga pela Semifinal
Coleman Proctor e Ryan Motes (foto) foram os únicos classificados através da Semifinal a irem para a rodada decisiva entre quatro duplas ao somar 11s30 em duas laçadas classificatórias. Venceram o prestigiado The American, da RFD-TV, com o tempo de 4s24 e levaram a premiação de US$ 100 mil cada um. Também dividiram o bônus de US$ 1 milhão com o brasileiro João Ricardo Vieira, campeão de Montaria em Touros.
O The American leva normalmente 15 sortudos em cada uma das modalidades a concorrer a uma premiação de US$2.350.000,00. São, geralmente, dez atletas convidados e mais cinco classificados através da Semifinal, a ter uma chance de colocar a mão nesse prêmio extraordinário. Conhecido por distribuir uma premiação milionária em apenas um dia, para 2019 mudou seu formato.
Sua primeira edição foi em 2014, quando o ex-chefão da Professional Bull Riders Randy Bernard se uniu a RFD-TV e lançou um formato até então inusitado para o rodeio completo. Dias 2 e 3 de março, no AT&T Stadium, o estádio do Dallas Cowboys, em Arlington, Texas, novos campeões escreveram seu nome nessa galeria de sucesso. Pela primeira vez também, US $ 50.000 dos ganhos contaram para o ranking mundial da PRCA.
Como funcionou para o Team Roping: 17 duplas entre os classificados e convidados pelo ranking da PRCA entraram na arena principal e fizeram suas laçadas no sábado. Apenas quatro duplas erraram e a vitória nessa rodada foi do brasileiro Junior Nogueira laçando Pé com Kaleb Driggers, seu parceiro. Os oito melhores avançaram e disputaram a segunda rodada no domingo. Para avançar para a final, valeu os tempos somados das duas laçadas. Então, quatro avançaram.
“Além do dia que minha filha nasceu, esse foi a melhor sensação que já tive em minha vida”, disse Proctor. O laçador esteve no The American em 2016 com seu ex-parceiro Jake Long, mas deram barreira e não avançaram. Dessa vez tudo deu certo. “Voltei esse ano e tive uma chance de ganhar, não desperdicei”, completou.
Disputaram o título Luke Brown/Paul Eaves, que passaram com a melhor soma para a final, 10s32; Proctor/Motes, 11s30; Aaron Tsinigine/ Trey Yates, 11s95; e Riley Minor/Brady Minor, 14s38. Juninho e Kaleb, campeão de 2018, que haviam marcado 4s78, deram SAT na segunda passada, ficando fora da disputa. Na final, Tsinigine/Yates e Brown/Eaves erraram. Minor/Minor fecharam sua apresentação em 4s75, colocando pressão em Proctor/Motes.
Mas eles estavam decididos a irem para casa com o prêmio. Marcaram 4s24 e só correram para comemorar. “Conhecíamos aquele boi, Aron e Trey tinham laçado ele na noite anterior. Precisávamos de um 4s7 para ganhar, então fomos firmes e deu tudo certo. Sabiamos que se acertássemos a saída do brete, seria um boi rápido de laçar”, reforçou Motes.
Com os US$ 100 mil garantidos pela vitória, ainda precisaram esperar o rodeio acabar para saber em quanto atletas o bônus seria dividido. Além de Proctor e Motes, também estavam na decisão e eram candidatos ao bônus uma atlate de Laço Individual, três de Sela Americana, um do Bulldog, uma amazona dos Três Tambores e um bullrider. Do total da premiação, US$ 1 milhão é destinado ao campeão – ou campeões – que tiverem conquistado vaga através da Semifinal.
“Estávamos tão felizes que não importava com quantos atletas íamos dividir o bônus. Quando João Ricardo venceu, tínhamos perdido US$ 166.000,00, mas isso não era nada. Estaria feliz da mesma forma se outros tivessem ganho. Estava torcendo para eles, que haviam conquistado uma difícil vaga saindo da maratona que é a Semifinal”, lembrou Motes.
A dupla deixou Arlington com mais dinheiro do que jamais haviam sonhado. Quando se tem a chance de estar em um rodeio dessa magnitude, ganhar apenas o suficiente para as despesas já estaria de bom tamanho. Agora, imagine voltar para casa com uma bolada dessas? Então, para eles, não importava se teriam que dividir o bônus, tudo estava perfeito.
Riley Minor/Brady Minor, com 4s75 levaram o prêmio de segundo lugar e RS 25 mil. No momento, o ranking mundial está assim: Ty Blasingame lidera no Laço Cabeça, com Clay Smith, Coleman Proctor e Riley Minor na sequência. No Laço Pé, Kyle Lockett é o líder, tendo Ryan Motes em segundo, seguido por Jake Long e Brady Minor. Antes do The American, Proctor era apenas o 31° lugar do ranking. Já esteve quatro vezes na NFR, mesmo número de vezes que Motes foi a Las Vegas.
Proctor e Motes começaram a laçar juntos no verão do ano passado, ambos terminaram a temporada em 18° lugar. Bateram praticamente na trave, mas a vitória no The American deu a eles praticamente uma vaga assegurada para 2019. Claro, muita temporada pela frente ainda, mas foi um passo e tanto!
Por Luciana Omena
Fonte: ProRodeo e The Team Roping Journal
Fotos: Jamie Arviso