Ídolo mundial de Montaria em Touros, o brasileiro há alguns anos escolheu o Team Roping como lazer
Ele consegue treinar mais nos ‘breaks’ da Professional Bull Riders e participa de competições sempre que pode. Com o profissionalismo que lhe é característico afirma a ideia de se dedicar ainda mais à modalidade quando se aposentar das arenas de rodeio, mas isto deve demorar.
Por brincadeira e incentivado pelos amigos bull riders Adriano Moraes, Rogério Ferreira, Fabrício Alves e Paulo Crimber, o campeão mundial de Montaria em Touros pela PBR em 2008 Guilherme Marchi começou a laçar há mais de dez anos, logo que chegou aos Estados Unidos.
“Os meninos treinavam no Cowboy Church, em Fort Worth, e eu ia com eles, pois não tinha nada para fazer no apartamento, era uma diversão. Um dia o Adriano falou para eu montar e laçar também, peguei gosto e começou a paixão pelo Team Roping”, lembra.
Como os rodeios acontecem praticamente todo o final de semana, Guilherme não tem como conciliar o laço com a sua profissão, então o jeito é aproveitar as folgas na PBR, brincar na arena que possui em seu rancho no Texas, e ir a provas durante a semana com os amigos.
“Não tenho como ir a grandes provas, pois a inspiração maior ainda é o rodeio. Sou muito dedicado à minha profissão e enquanto estiver montando, o Laço fica em segundo plano. Quando é possível vou a algumas provas pequenas, pois o prazer de laçar junto aos amigos é muito bom. Laço por paixão mesmo, é um hobby para mim que acaba me ajudando na profissão”, conta.
Um hobby levado a sério que vem trazendo ótimas conquistas a Guilherme. Ele já participou de uma final da USTRC – United States Team Roping Championship, em Oklahoma, laçando com o amigo Murilo, de Goiânia, ficou na terceira posição entre 550 duplas na Soma 9 e levou premiação de US$ 60 mil, mais uma bela fivela. “Não tenho um parceiro fixo, nesta prova foi com o Murilinho, mas geralmente laço com o Frederico Werneck, que é outro grande amigo e incentivador”.
Ano passado, em outubro, ele foi a NRS Arena, em Decatur, Texas, onde acontecem jackpot toda quarta e quinta. Na ocasião, os brasileiros que chegaram para a final da USTRC foram treinar na NRS e Guilherme acompanhou os amigos. Deu até para voltar para casa com um dinheirinho. Na somatória 13, foi campeão com Justin, um amigo.
Laçando cabeça, Guilherme conta que possui quatro animais, todos bons de cabeça e pé, sendo mais firmes na cabeça. “Dois deles são dos meus filhos, JG e Manu, outro veio do Testinha e tem o burro Capitão, que chama a atenção de todos na pista. Chega a ser engraçado laçar com o burro, pois os americanos ficam doidos. Conseguimos reunir uma tropinha muito boa”.
O seu objetivo é ser um bom laçador, pois no dia que aposentar das arenas, acredita que laçar vai ser a sua profissão. “Quero seguir carreira no Team Roping e disputar grandes provas. Acredito que já estou laçando bem, mas tem que ir melhorando cada vez mais. Gosto demais de mexer com cavalos, estar no meio do povo laçando. Treinar então, é bom demais. Estou sempre lá no Fred com o Silvano Alves e o Robson Palermo, que também gostam de laçar, além disto, quando estou em casa, recebo amigos de fora para treinar e meus vizinhos sempre vão lá brincar. A hora passa rápido e a gente esquece os problemas, em pista”, continua.
Quando está no Brasil, Guilherme arruma tempo e não dispensa o convite de amigos para o Team Roping. Já laçou, inclusive, no Rodeio de Americana junto aos profissionais, e ressalta a importância de estar entre os grandes nomes da modalidade para estar aprendendo sempre.
Mania entre os bull riders brasileiros nos Estados Unidos, o Team Roping é o lazer preferido de todos. “Acredito que isto acontece porque envolve tudo que a gente gosta, ou seja, cavalo, boi, rodeio e amigos. É uma forma de amenizar a saudade do nosso país, dos nossos familiares e dos amigos brasileiros. Hoje o pessoal está se dedicando ao laço, o Silvano já montou arena em seu rancho, o Valdiron também, e os novos competidores que estão chegando estão se interessando, aumentando o nosso grupo. Vamos apertar os americanos aqui também no laço”, brinca.
Fonte: Editora Passos
Fotos: B. Allen/Cedidas