Um tempo de 4s9 no Pendleton Round-Up, laçando com Patrick Smith, manteve as coisas em perspectiva
Irônico como o cowboy mais vitorioso de todos os tempos, Trevor Brazile, é famoso por estar em menos rodeios do que a maioria. Se organizar para competir sempre em Tie-Down Roping, Steer Roping e Team Roping é uma grande produção. E ainda, primeiro de tudo, ele preza o tempo com a família. Mas fato é que ele ganha muito quando aparece, então as muitas viagens, para muitos rodeios, não são estritamente necessárias.
Mas há exceções para todas as regras e estar à beira de se classificar para a NFR nas três modalidades é uma prioridade óbvia. Brazile é 23 vezes campeão mundial. No momento, está em segundo lugar no ranking All-Around, perdendo apenas para seu cunhado, o atual campeão mundial All-Around Tuf Cooper. Tuf tem somados US$ 211.367,35 e Brazile tem US$ 183.091,70.
Trevor Brazile e Patrick SmithNo ranking de Tie-Down Roping ele é o quinto e no de Steer Roping (que não faz final em Las Vegas), o sexto. Dados recentes com o ranking mundial atualizado essa semana. Chegar, porém, entre os 15 melhores no Team Roping está sendo o desafio para o ‘rei’ dos cowboys. Com US$ 51.716,75 é o 28° em Laço Cabeça no momento. O que coloca ele apenas pouco mais de US$ 12.000,00 distante da zona de classificação.
No Tie-Down Roping em PendletonCom os mesmos US$ 51.716,75, o parceiro de Brazile, Patrick Smith, está em 26° lugar no Laço Pé. Mas a distância dele para a zona de classificação é menor, pouco mais de US$ 8.000,00. Acaba hoje, 30 de setembro, a temporada regular. Cada boi ou bezerro contam. Brazile teve suas últimas chances esse final de semana. Logo saberemos o resultado. E marcar 4s9 em Pendleton recentemente, deu uma chance a eles.
No computo final, não pontuaram, mas pela vitória no segundo round, cada um levou mais de US$ 4.000,00. “Sabíamos que o segundo boi ia ser muito melhor do que o nosso primeiro”, contou ele, que arriscou depois de ter perdido a laçada na rodada de abertura. “Quando não vamos bem no primeiro round, o segundo é tudo ou nada. E deu certo”.
A pista de grama em Pendleton deu sorte. Brazile montou J.V. e Patrick, Amigo. “Ele é o melhor cavalo para as pistas normais, e na grama ele vai bem também. É raro isso. E Amigo também tem essa capacidade. A maioria dos cavalos não consegue lidar bem com a grama. Ele é o melhor que eu já vi na grama”.
O laçador também se apresentou no Tie-Down Roping, com Ears, animal de Wyatt Muggli, sobrinho do grande Lane Frost. E Shay Good foi sua montaria no Steer Roping. Brazile não pontuou no bezerro nesse rodeio, mas no Steer Roping ficou em segundo lugar, somando mais de US$ 8.000,00, contando a vitória no primeiro round.
Na pista de grama de Pendleton, também se apresentou no Steer Roping“Tenho um grande respeito pelo Pendleton Round-Up. Foi o único rodeio que eu tirei uma foto só da arena antes da competição começar. É um dos meus rodeios favoritos, um dos poucos que nunca perdeu a tradição”. E se não tivessem sido os resultados lá, tanto Patrick como Brazile certamente teriam ficado em casa esse final de semana.
Os dois já foram campeões mundiais juntos, em 2010, no Team Roping. Patrick também é o campeão de 2005, com Clay Tryan. Com chances matemáticas, os dois estão na estrada. “Não importa quantas fivelas de ouro você tenha, confiança é difícil de obter. E precisamos dela. Ganhar agora é o nome do jogo”, finalizou.
Por Kendra Santos/Team Roping Journal
Tradução e adaptação: Luciana Omena
Fotos: Hubbell Rodeo