MAPA descarta preocupação com peste equina africana no Brasil

Doença tem causado a morte de centenas de cavalos na Tailândia e acabou virando motivo de preocupação para criadores e proprietários brasileiros

A pedido do portal Cavalus, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) esclareceu por meio de nota enviada nesta quarta-feira (22) que a peste equina africana não é vista como motivo de preocupação no Brasil.

Desde o fim de fevereiro deste ano, a doença tem causado a morte de centenas de cavalos na Tailândia. Assim, inevitavelmente, acabou virando motivo de preocupação entre proprietários e criadores brasileiros.

No entanto, o MAPA – através do seu Departamento de Saúde Animal (DSA) – garante que o Brasil é livre da peste equina africana. Ademais, o órgão também esclarece que o país só importa animais de áreas livres desta doença.

“Além do Brasil só importar equinos e seu material genético de áreas livres da peste equina, para que efetive a importação, há que existir um certificado previamente acertado com o país exportador, o que não acontece no caso da Tailândia e países próximos àquele”.

O portal Cavalus também conversou com o médico veterinário Hélio Itapema sobre o surto da doença no país asiático. Assim, ele também garantiu que acha pouco provável que o vírus chegue ao Brasil

“Isso porque somos exportadores de cavalos para África e não importadores. Acho pouco provável, mas já tomamos precauções para que essa doença não entre no Brasil”, acrescenta.

Entenda o caso

O surto na Tailândia pode ter começado no fim de fevereiro, após a morte de um cavalo de corrida no distrito de Pak Chong, perto de Bangcoc. Depois, em março, mais de 40 cavalos, repentinamente, também morreram.

A doença do cavalo africano infecta cavalos, burros e zebras e é, normalmente, transmitido por mosquitos Culicoides que vivem em climas quentes e tropicais.

Acima de tudo, o vírus causa problemas cardíacos e pulmonares graves que matam, pelo menos, 70% dos cavalos infectados. Contudo, poupa zebras e a maioria dos burros, que, na verdade, atuam apenas como hospedeiros do vírus.

As opções de tratamento são limitadas, principalmente, aos cuidados paliativos. Assim, a eutanásia acaba sendo recomendada devido à brutalidade da doença – que causa febre alta, olhos inchados, dificuldade em respirar, narinas espumosas, sangramento interno e até morte súbita.

Por conta disso, os proprietários de cavalos da Tailândia estão mantendo seus animais em ambientes fechados com redes, longe dos mosquitos que espalham o vírus.

Alguns cientistas suspeitam que as zebras, importadas da África, levaram ao surto na Tailândia, mas precisamente nos distritos de Pak Chong e de Hua Hin, que são as áreas mais afetadas até o momento.

Por Natália de Oliveira
Crédito da foto: Helena Lopes/Pexels

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