A parceria entre Begay e Cooper foi encerrada
Derrick Begay e Clay O’Brien Cooper encerraram no dia 11 de abril na Clark County Fair & Rodeo, em Logandale, Nevada, a parceria deles laçando juntos nos rodeios da Professional Rodeo Cowboys Association. Uma das lendas do rodeio mundial e do Team Roping, Cooper se classificou para a National Finals Rodeo nada menos que 29 vezes e é sete vezes campeão mundial (1985-89, 1992, 1994). Ele já começou sua nova parceria, com Spencer Mitchell, também finalista NFR (2011 e 2012).
O fim de uma era e o novo começo para os dois se dias depois, dia 14 de abril, no Oakdale Saddle Club Rodeo, na Califórnia. Begay ainda não tem um novo parceiro, mas não está preocupado. Natural do Arizona, aos 34 anos, natural do Arizona, ele lembra o começo da parceria com Cooper, em 2015, no famoso rodeio de Denver, que os levou a NFR daquele ano. Os dois formaram uma boa dupla, Begay tem ainda em Cooper um dos maiores mestres e o maior carinho do mundo, confiança. “Todos nós nascemos pensando um dia em laçar junto a um campeão, uma lenda, e eu realizei esse sonho”.
E Begay lembra claramente o dia que ia laçar pela primeira vez com o ProRodeo Hall Of Fame Clay O’Brien Cooper. “Antes de chegar em Denver, eu treinei mais do que nunca. Cheguei lá uns três dias antes e continuei praticando, tinha que estar tinindo. Na primeira laçada, eu estava tão nervoso que lacei minha própria cabeça antes de acertar a cabeça do boi. Cooper acabou laçando um pé só. Nosso último rodeio foi muito melhor que o nosso primeiro”. Ele sempre quis causar uma primeira boa impressão, e no primeiro treino juntos também ficou nervoso.
anos, em frente ao Thomas & Mack Center,
e depois em 2015
Foi um começo desastroso, pois a tensão era grande. Até que ele decidiu pedir conselhos a Cooper, afinal, o campeão tem a mesma idade do pai dele. “Ele me ajudou muito. E eu também comecei a pensar que estava em casa, laçando com o meu pai, isso me ajudou a relaxar. Me saí bem melhor depois disso”.
O fim da parceria foi ideia de Begay. Depois de Houston eles conversaram e decidiram que iriam seguir novos rumos. Ele conta que sente que tem cada vez se dedicado menos, os cavalos estão ultrapassados para o nível da modalidade hoje em dia. “Não era justo com Cooper ter um parceiro que não está mais a altura. Preciso encontrar ânimo para achar um novo cavalo, e não estava fazendo isso. Também comecei a treinar menos. Foi melhor assim”. A pausa pode ter vindo em uma boa hora. Sua namorada de longa data Justine Doka está grávida, esperando uma menina para começo de maio. “Quero estar presente neste momento”.
Seu foco agora é angariar conselhos com os amigos que já são pais, como Dustin Bird, Kollin VonAhn, Luke Brown, e claro, com o avô Cooper. “Eu aprendi muito com ele nesses anos. Cooper é mais reservado, de poucas palavras, e só dá conselhos quando solicitado. Ele nunca me disse como laçar e não é de falar muito, mas é um dos caras que todos mais respeitam. Estar perto dele faz você pensar mais e se esforçar mais. Ele faz você se tornar mais inteligente e tudo isso sem dizer nada. Ele só te dá aquela sensação e isso te deixa melhor”.
Enquanto não encontra um novo cavalo e um novo parceiro, Begay segue uma rotina que ama. Acorda cedo, faz uma pequena oração, toma uma xícara de café, sai para fazer as tarefas do rancho, e uma coisa vai levando a outra. Enquanto estiver trabalhando, consertando uma cerca, soldando algo, verificando se o gado tem água, juntando o gado, ou apenas montando, tudo estará bem.
Para ele, a vida ensina muitas lições valiosas, como caminhar pelos triunfos, provações e tribulações ao lado das pessoas que se respeita. Aos 35 anos, na PRCA desde 2004, Derrick Begay tem US$ 977.149,00 e sete qualificações para a NFR. De descendência indígena – Navajo, o cabeceiro mora hoje em Winslow, Arizona, e afirma que essa pausa não é uma aposentadoria e que Clay O’Brien Cooper é e sempre será seu ídolo.
Por Luciana Omena
Fonte: Kendra Santos/Team Roping Journal
Fotos: Jamie Arviso
