JD Yates, entre todos os títulos, tem mais de 35 campeonatos mundiais AQHA no currículo. Sua família vive do cavalo, inspiração para o seu filho, Trey
Inscrito na Professional Rodeo Cowboys Association no team roping heeler (Pé), tie-down roping e steer roping, Trey Yates, 24 anos recém-completados, está no rodeio profissional desde 2013. Já soma na PRCA ganhos de US$ 315.427,00 e teve sua primeira qualificação para a National Finals Rodeo ano passado, terminando a temporada com o terceiro lugar. Foi campeão da média na NFR.
Natural de Colorado Springs, Colorado, JD Yates hoje mora em Pueblo, também no Colorado, mesma cidade do filho. Aos 58 anos, um dos maiores ídolos do team roping mundial, é profissional pela PRCA desde 1975. Seus ganhos por essa associação chegam a US$ 1.589.521,00, com 21 qualificações para a NFR e nenhum título mundial. Mas pela AQHA, são mais de 35 campeonatos mundiais.
E o esporte que escolheram permite, inclusive, que eles sejam parceiros na pista. “Até hoje, meu pai, JD Yates, me diz que foi uma das três melhores laçadas que ele já fez em sua carreira de rodeio. Estou falando do primeiro round em 2015 no Central Wyoming Fair and Rodeo, em Casper. Papai estava montado em Robbie e eu em meu cavalo de pé, Dude. Eu estava nervoso, pois era o segundo rodeio profissional do meu cavalo. Mas sabia que precisava confiar nele e em minhas habilidades. Ajudou também que eu tivesse plena fé no meu parceiro”, contou Trey.
Marcaram 5s6. “Papai ainda fala sobre isso. Se eu já fiz uma corrida perfeita, essa é uma delas”. Para o jovem, e futuro talento campeão das arenas, os momentos em que laça com o pai, seja em competições ou em casa, são os melhores. “Tivemos sucesso, mas nos divertimos muito também, o que é melhor que qualquer coisa. Meu pai tem sido uma grande parte da minha carreira e da minha vida, naturalmente”.
Se o seu pai é JD Yates, melhor professor não há. Apoio incondicional para seguir no rodeio não faltou. “Ele me ajuda a fazer tudo o que eu quero fazer e sempre me apóia, não importa o que seja. Mesmo que não tivesse nada a ver com rodeio, tenho certeza que teria seu apoio em 110%. Mas eu escolhi o rodeio, a tradição da família”. Antes de ser pai e parceiro, essa foi a vida de JD desde sempre, então ele sabe bem como deve conduzir os conselhos.
“Especialmente, papai sabe sobre ganhar e perder. Nunca critica quando não ganho. Ele poderia, facilmente, ter me pressionado e me feito odiar rodeio. Em vez disso, tentou implantar em mim a mente de um vencedor, a ideia de que você tem que contornar o mal com o bem. Aquele cara se esforça mais do que qualquer um com quem eu já lacei. E ele faz muito por mim. Desde os 22 anos ganha sua vida laçando, seja em rodeios ou em provas. Com sua experiência, consegue ‘ler’ as pessoas rapidamente”, reforçou Trey.
Ele acredita que tudo isso vem do seu avô, Dick Yates. “Meu avô pode ler cavalos e pessoas mais rápido do que qualquer um que eu já conheci. Recentemente, eu perdi minha avó, Jan, e meu avô disse que uma das únicas coisas que faz ele sorrir hoje em dia é ver a mim e a meu pai laçando. Tenho prazer em laçar com meu pai. Primeiro, ele é um grande parceiro. Segundo, ele é meu pai. E terceiro, é meu melhor amigo. É um vínculo muito especial que temos”.
JD se considera um homem de sorte. “Meu pai, Dick Yates, trabalhava como inspetor e eu o acompanhava desde os três anos de idade. Aos cinco, ajudava-o a separar o gado, laçar e transportar os bezerros. Passei muito tempo com ele fazendo coisas do rancho, sendo um cowboy. Foi aí que tudo começou para mim. Papai não fala muito, mas quando fala, você precisa ouvir. Nunca quis forçar que eu seguisse no rodeio ou que tivesse sucesso. Sempre me disse que se era isso que eu queria, então que tão bom quanto pudesse. Ele é assim em tudo que faz”, lembrou JD. Dick fez bareback e tié-down roping até chegar ao team roping. Sim, toda a família laça. Menos a irmã, Kelly Yates, supercampeã nos três tambores.
E JD também laçou com seu pai, assim como faz hoje com o filho. “Em 1973, quando eu tinha treze anos, estive na minha primeira NFR, como expectador. Decidi naquele momento que iria seguir a carreira e buscar ser o melhor que pudesse. Felizmente, consegui atingir esse objetivo com meu pai. Como parceiros, nos classificamos para treze NFR’s. Na primeira, eu tinha apenas quinze anos (1975). Conclui meus estudos, colégio e faculdade, competindo. Sempre foi isss que ele quis”.
E qual não foi sua alegria quando seu filho, Trey conseguiu seu Card da PRCA. “Passamos a laçar juntos. Foi tão divertido quanto quando eu viajava e laçava com meu pai. E Trey está certo sobre a primeira rodada no rodeio de Casper 2015. O gado estava ótimo, a arena é boa, e eu tinha ele como parceiro. Foi perfeita, jamais esqueço. E foi a primeira vez com meu filho no rodeio profissional. Vendo que ele ia seguir na mesma carreira, fiz ele terminar a escola e a faculdade”.
Trilhando caminhos parecidos, três gerações de laçadores têm suas vidas entrelaçadas. Cada um no seu tempo. Trilhando seus caminhos separados, mas sempre juntos. Trey, após se formar, competiu na finao nacional universitária e logo laçou em Reno, Nevada, no ano passado. Ganhou uma das etapas mais disputadas e conquistou sua primeira qualificação para a NFR.
“Ela já caminha sozinho, com outros parceiros, promovendo sua carreira. Merece um bom parceiro agora. Alguém que esteja com os mesmos objetivos que ele, pelos quais eu já passei. Mas estamos juntos sempre. Laçamos algumas vezes me provas, como m Grover no Dia dos Pais. Eu sempre aguardo a próxima vez que vamos ter essa oportunidade. Isso torna tudo mais especial. Eu acho que sou uma das pessoas sortudas do mundo. Meus dois melhores parceiros foram meu pai e meu filho.”
Tradudação e adaptação: Luciana Omena
Fonte: The Cowboy Journal
Fotos: Matt Cohen