Na Rédeas, o Time Brasil conquistou o melhor lugar da história em mundiais. No Adestramento, não classificamos para a disputa individual
Os Jogos Equestres Mundiais 2018 foram oficialmente abertos na terça, 11 de setembro, com uma cerimônia simples e elegante, que durou duas horas. Alguns dos nomes mais importantes do deporto equestre assumiram papeis de astros para seus países no centro da arena principal em Mill Spring, Carolina do Norte, Estados Unidos.
Fotos: FEIUma multidão, incluindo os fãs, atletas, staff e membros das federações e confederações de todo o mundo, agitaram suas bandeiras em comemoração. O Tryon Internacional Equestre Center tem uma programação ampla até o dia 23 de setembro. Além das disputas nas oito modalidades do quadro da Federação Equestre Internacional, clínicas, palestras, mostras de arte e uma feira comercial com mais de 300 lojas.
Thiago Boechat, Marcelo Almeida, Todd Arvidson (técnico), João Marcos (chefe de equipe), Francisco Moura (ANCR),Roberto Jou, Franco Bertolani e João Felipe Lacerda. Foto: Cedida
Logo no primeiro dia de provas, quarta-feira (12), as primeiras medalhas já foram colocadas no peito de atletas orgulhosos. Após as 63 passadas da classificatória da modalidade Rédeas, o pódio por equipes ficou definido. O time brasileiro voltará para casa com o honroso quinto lugar, a melhor colocação por equipes da história.
Certamente a prova mais difícil, disputada pelos melhores cavaleiros do mundo. O Brasil foi a Tryon com cinco conjuntos – quatro na disputa por equipes. Na Rédeas, 12 países estavam nessa briga. Nosso time somou 664.5 pontos na soma dos resultados dos conjuntos: Thiago Boechat/SG Frozen Enterprize – 225.5 pontos, João Felipe Lacerda/Gunner Dun It Again – 221,5 pontos e Franco Bertolani/Wimpys Little Colonel – 220,5 pontos.
Thiago Boechat e SG Frozen Enterprize. Foto: Luis Ruas/CBHO melhor resultado até agora tinha sido um sexto lugar, na estreia da Rédeas em WEG – 2002, Jerez de La Frontera. Ponto a ponto, duelamos contra a Áustria, quarta colocada – 666 pontos, e Alemanha, medalha de bronze – 666.5 pontos. A medalha de ouro ficou com os Estados Unidos – 681 pontos e a prata com a Bélgica – 671.5 pontos.
No Individual, o primeiro dia de provas classificou 15 conjuntos direto para a final. A melhor nota foi de Cade McCutcheon/Custom Made Gun – 229 pontos. Pelo Time Brasil, além de Thiago e João Felipe, classificou também Roberto Jou/F5 Licurgo Tapajós – 221 pontos. Dia 13, ocorreu a repescagem, com os 20 conjuntos seguintes.
Torcida brasileira em Tryon deu show! Foto: Luis Ruas/CBHFranco disputava mais uma vaga para o Brasil. Ao final das passadas, com 221.5 pontos, ele estava dentro, mas acabou desclassificado na inspeção. Marcelo Almeida/Mahogany Whiz marcaram 216 na primeira passada e não tiveram chances de disputar a repescagem. Martin Mühlstätter/Blo Gun com 223 foram os melhores. A final individual acontece hoje, 19h (horário de Brasília).
Alemanha comemora título por equipes no Adestramento. Foto: FEINo Adestramento, também foram definidas as medalhas por equipes. Não foi surpresa para ninguém quando a Alemanha conquistou o ouro, o 12° segundo em Jogos Equestres Mundiais. As lágrimas da veterana da equipe, Isabell Werth, correram livremente após a sua atuação estelar com Bella Rose. Sua performance levou o time a 242.950 pontos.
A rainha do Adestramento, em seu sétimo WEG, ganhou a melhor pontuação entre todos os concorrentes, 84.829 pontos. Durante o Grand Prix FEI, o time alemão foi impecável. A equipe dos Estados Unidos terminou em segundo com 233.136 pontos. A melhor atuação do time foi Laura Graves/Verdades com 81.630 pontos. A Grã-Bretanha garantiu o bronze em 229.628 pontos.
Isabell Werth e Bella Rose. Foto: FEIOs 30 melhores seguem para a disputa individual em dois momentos: GP Special e GP Freestyle. O Brasil não estará entre eles. O cavaleiro olímpico João Victor Oliva, com Xiripiti, fechou a rodada do Time Brasil de Adestramento com 65.512 pontos, melhor índice da equipe. Os demais conjuntos marcaram: Pedro Tavares de Almeida/Aoleo – 62.578 pontos; Giovana Pass/Zingaro de Lyw – 63.357 pontos; e Leandro Silva/Di Caprio – 63.171 pontos.
João Victor Oliva e Xiripiti. Foto: Luis Ruas/CBHMesmo com o medo do furacão Florence, a FEI espera cerca de 500 mil pessoas até o término dos Jogos. Todas as informações: www.tryon2018.com ou www.fei.org.
Por Luciana Omena
Fonte: Tryon, CBH e FEI