Campeã mundial de Três Tambores em 2017 pela PRCA, amazona lidera a atual temporada
Minha vida na estrada, e até mesmo em casa, parece bastante normal para mim, mas quando entramos nas semanas de pico da temporada de rodeio, como no verão, pode os dias não são os mesmos. Julho é tipicamente o período mais agitado do ano para nós, então aqui está um pouco sobre minhas rotinas.
A nossa temporada de verão começou em Reno, Nevada. Depois de um tempo em casa, partimos para o Oregon no 4 de julho. Durante o Cowboy Christmas, eu só fui a rodeios que eram próximos entre si. Pois na sequencia tinha Calgary, Alberta, no Canadá. Minha turma era logo a primeira. Então corri em Calgary por quatro dias e parti para Sheridan, Casper e Cheyenne, no Wyoming.
Logo depois de Cheyenne voltei para as finais em Calgary. São cerca de 16 horas de viagem entre uma cidade e outra. Passamos muito tempo dirigindo de um lado para o outro. Tendo fazer umas pausas durante essas longas viagens. Não carrego bretes portáteis, pois fico nervosa em deixar os cavalos à noite. Então, procuro algo um pouco mais seguro ao longo do caminho para colocar meus cavalos.
Venho fazendo isso há vários anos e já tenho alguns lugares em mente, que eu gosto e conheço. O planejamento para essas épocas é fundamental. Eu tento ficar fora do recinto quando chego nos rodeios, porque é muito mais silencioso. Sinto que os cavalos descansam melhor assim. Mas nem sempre isso é possível. Como em Cheyenne ou Calgary, onde é muito mais conveniente ficar dentro.
Assim, em nosso caminho de Cheyenne para Calgary, nos dirigimos para a fronteira e paramos por lá. Há uma arena de rodeio no lado canadense e ficamos a noite. Então dirigimos o resto das três ou quatro horas no dia seguinte. Depois de Calgary fomos para casa por poucos dias, deixei minha égua descansando, e logo emendamos Salinas, na Califórnia.
De uma ponta, voltamos para as finais em Cheyenne, cerca de 1.100 milhas de distancia. Nossa parada foi Wells, Nevada. Mas antes de chegar lá, tivemos que encontrar um ferrador para arrumar a ferradura de Sister. Acontece vez ou outra algum imprevisto, então basta não se preocupar muito. Descansamos em Wells e logo seguimos para Cheyenne.
Quando chegamos a um rodeio, realmente depende de quem está comigo, que tipo de rodeio é – se vou ficar uma semana ou apenas um dia -, minha rotina diária é parecida. Apesar disso, tento manter as coisas simples e tão consistentes quanto possível. Se meu marido e meus filhos estão comigo, meu marido geralmente cuida dos animais.
Eu me levanto e faço coisas para as crianças, como o café da manhã, com todos ficando prontos por volta das 7h30. Meu marido já cuidou dos cavalos nesse tempo, e assim foi em Cheyenne. Se eu estou sozinha, eu faço tudo, cuido dos cavalos e todo o resto. Sister é forte, não tem muitos problemas de dor. Então eu faço de tudo para mantê-la saudável ao longo do caminho. Gosto de fazer nebulização nela antes de correr.
Escolhi ficar em Cheyenne direto para a final, para não forçar demais Sister. Então, entre uma passada e outra, o tempo andava devagar. Não deixo Sister muito tempo presa na baia e sempre monto meu outro cavalo para esticar as pernas. Tento deixá-los sempre em movimento. Mas se estamos logo após uma viagem longa, eu deixo que eles descansem.
Outra coisa é lembrar de cuidar de si mesmo, assim como dos cavalos. Eu tento comer de forma saudável, porque quando se está na estrada, é cansativo tanta comida de restaurante e fast food. Sempre bom conseguir uma refeição saudável. Se estou com as crianças, tento ter coisas saudáveis no trailer.
Gosto de correr durante o dia para não ter que ficar acordada até muito tarde. Mas Sister adora correr a noite. Acho que ela sempre corre melhor a noite nos rodeios. Eu já acho mais relaxante correr a tarde, da para sair depois para jantar sem pressa. Tendo dormir logo, por volta das 21h. É uma rotina para quando estou em casa também, com as crianças. A não ser no verão.
Depois de Cheyenne, fui para casa. Descansei por uns dias e descartei algumas etapas. Julho foi muito agitado, como sempre, então também dei uma folga para Sister. Voltei para a estrada na segunda semana de agosto, em Hermiston, Oregon e Omak, Washington. E agora, estou escolhendo as etapas que sei que minha égua se dá bem.
Por Nellie Miller/Barrel Horse News
A competidora tem hoje US$ 154.610,50 no ranking mundial de Três Tambores da WPRCA, em primeiro lugar, tendo pontuado em 27 etapas até agora
Na foto, Nellie e Rafter W Minnie Reba ‘Sister’, crédito: Kailey Sullins