Maria Felícia Fernanda Lopes Lemos, 20 anos, natural de São José do Rio Preto (SP), está conquistando seu espaço no mundo do Breakaway Roping. Desde que começou a se interessar pelo esporte, aos 16 anos, sua paixão e dedicação têm sido evidentes em cada conquista. “Comecei a me interessar durante a pandemia, eu ia muito ao rancho montar e via meu pai laçando. Comecei a bater cavalete e criei muito gosto pelo esporte,” relembra Maria Felícia.
A influência familiar foi crucial em sua jornada. “Meu pai foi meu grande mentor. Tudo o que aprendi até hoje veio dele. Ele é minha segurança e quem eu procuro nas provas e nos treinos. Minha irmã me impulsionou e minha mãe sempre torceu por mim”, revela a laçadora. Além do apoio familiar, Maria Felícia recebeu orientação de profissionais importantes, que contribuíram significativamente para seu desenvolvimento no esporte.
“Eu montei em um cavalo do Tiago Sanfelice na Nacional 2024, e essa experiência foi fundamental para meu crescimento. Montar em um cavalo novo em uma prova tão importante foi desafiador, mas, graças a Deus, consegui um bom desempenho. Foi uma conquista que a Maria Felícia de dois anos atrás nem imaginava alcançar. Também recebi grande apoio de atletas como Douglas Renato, Marcos Nicolielo, Daniel Lopes, Marcos Souza, Turra Jr. e Anália Cristina, que com certeza contribuíram muito para minha trajetória”, conta a jovem.
Desafios e inúmeras conquistas de Maria Felícia
Desde que começou no Breakaway Roping, os desafios não faltaram, mas foram parte essencial do processo, segundo Maria Felícia. “Tive uma fase complicada com uma égua nossa. Pensei em desistir dela várias vezes, mas continuei insistindo e hoje tenho muita segurança com ela. Também passei por dificuldades com outras éguas, mas nunca desisti”, diz a laçadora, destacando a importância de superar obstáculos para o crescimento.Parte superior do formulárioParte inferior do formulário
“Então, eu precisei ser forte e não desistir de tentar novamente. Além disso, meu pai sempre me ofereceu a oportunidade de montar em animais novos, o que foi fundamental para minha evolução e aprendizado sobre como lidar com eles, ” revela Maria Felícia, cujas as amplas conquistas na modalidade são um testemunho de seu talento e dedicação.
Em 2021, ela conquistou o título de Campeã na categoria Jovem Principiante Feminina (primeira edição) no Congresso ABQM de 2021, e também foi 3ª lugar na categoria Aberta Feminina no Nacional ABQM do mesmo ano. Na Copa dos Campeões ABQM 2021, Maria Felícia foi Campeã na categoria Aberta Feminina e Reservada Campeã na 1ª edição do Lady’s Roping.
Em 2022, ela continuou a acumular conquistas importantes, começando com a Reservada Campeã em uma prova em casa. Ela se destacou nas 2ª e 4ª etapas da A.R.L.I, onde foi Campeã e também obteve Fast Time e 3ª lugar na 3ª etapa da A.R.L.I. Nesse mesmo ano, Maria Felícia teve um bom desempenho na 2ª edição do Lady’s Roping, conquistando o Fast Time, e também ganhou o Fast Time em uma prova em Prudente. Ela foi Campeã na categoria Jovem Principiante Feminina no Congresso ABQM e na categoria Principiante Feminino no Nacional ABQM. Além disso, alcançou o 3ª lugar na categoria Aberta Feminino na Semana Prudentina do Cavalo e foi Campeã e Reservada na categoria Jovem Principiante Feminina no mesmo evento. Maria Felícia também se destacou em outras provas em Prudente e foi Campeã em uma etapa de campeonato em Minas Gerais.
Em 2023, Maria Felícia manteve sua trajetória de sucesso ao ser Campeã e Reservada no Congresso ABQM na categoria Jovem Principiante Feminina e também na Copa dos Campeões na mesma categoria. Em 2024, ela foi Campeã em outra prova em casa, 3ª lugar na categoria Aberta Nacional, Campeã e 3ª lugar na categoria Amador do Nacional, e Campeã e Reservada na categoria Amador Principiante do Nacional.
“De todas as 8 vezes que participei da categoria Jovem Principiante Feminina, eu fui campeã em 7 e dessas 7, fui campeã em 6 com média na casa dos 2s. São 25 tempos na casa dos 2s”, conta a jovem laçadora.
Sonhos e planos
Olhando para o futuro, seus planos permanecem focados em alcançar desempenhos consistentes nas competições, tanto nas vitórias quanto nos desafios. “Acredito que tanto os bons quanto os maus desempenhos são necessários para que os bons façam sentido. O importante é estar feliz com o que faço, estar com amigos, com minha família, e desfrutar dos momentos com meus animais, que são meus parceiros”, afirma Maria Felícia.
Ela também expressa um desejo específico para sua carreira: “Gostaria muito de ser recordista e competir nos Estados Unidos.” Para aqueles que estão começando no Breakaway Roping, Maria Felícia oferece um conselho valioso: “Comece. Os começos raramente são fáceis, mas são essenciais para o progresso. Não desista no processo; se isso acontecer, sempre haverá outra oportunidade. Errar faz parte da jornada de qualquer atleta. É importante se apegar às coisas simples que nos fazem felizes e manter a confiança e fé, porque com isso, as coisas certamente acontecem”. Maria Felícia reflete sobre sua trajetória com um toque de emoção e gratidão. “A palavra que resume o laço para mim é sonho. Tudo isso é muito mais do que eu poderia imaginar. Neste ano, consegui ser campeã em duas categorias, segundo lugar em uma e terceiro lugar em duas categorias nas competições nacionais. Foi um feito incrível, considerando o caminho difícil e as batalhas que enfrentei. Não desisti de sonhar e lutar, e isso foi possível graças ao apoio de Jesus, que tem sido a minha base e maior professor”, finaliza.
Por Natália de Oliveira/Revista Roper’s Sports
Fotos: Divulgação/Miguel Oliveira
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