Do amor e profissão da família pelos cavalos, nasceu o desejo de ajudar uma modalidade que está só no início aqui no Brasil
“Tenho prazer por acompanhar mais essa oportunidade para o cavalo, o Breakaway Roping é mais uma frente aberta no esporte equestre”, conta à reportagem do portal Cavalus Nina Siemsen Collard, 61. Ela é mãe do competidor de Laço Individual Nicholas Siemsen Collard e não vê sua participação como uma tarefa, e sim como desejo natural de incentivar e apoiar com prazer a modalidade.
Carioca de nascimento, Dona Nina mora em Valinhos/SP. “Sempre adorei cavalos! Sou do Rio de Janeiro e cresci no mar velejando. Só já bem mais tarde meu pai teve cavalos. Me mudei para a fazenda e me casei com um veterinário especializado em equinos. Aqui em casa, pais e filhos se dedicam e adoram esses animais. Profissão, esporte e paixão”, reforça.
Certamente, qualquer modalidade equestre que comece a galgar seus caminhos, seja em que país for, depende de apoiadores. E a Dona Nina é um deles para o Breakaway. “As meninas são determinadas e se esforçam bastante. Mas tudo que é novo precisa de um apoio e eu tive essa vontade, de ajudar a abrir espaço para a modalidade junto ao Laço Individual, esporte que meu filho pratica”.
Eliziane Nogueira, inegavelmente, é uma inspiração para todas as laçadoras brasileiras. Dona Nina recorda de vê-la se apresentar logo que o esporte começou a ser praticado. “A Eliziane já encantava com sua segurança no laço nas provas da ABQM. Então, a Bianca Naves, conversando comigo, me apresentou suas propostas para incentivar o Breakaway”.
Apoio
De fato, naquela época as meninas pensavam em fazer uma associação independente. “Eu já torcia para uni-las ao Laço Individual. Queria muito abrir as portas para que as duas modalidades fossem aliadas. Portanto, tenho ajudado a colocar as meninas em provas organizadas pelo LI”, explica Dona Nina.
O Breakaway é também um esporte que pode ser praticado na categoria Mirim, e assim o é aqui no Brasil. Os jovens meninos e meninas estão sempre nos campeonatos regionais e também nas provas da ABQM. O que, de acordo com Dona Nina, é algo essencial para o futuro.
“Sei que não é um esporte fácil. Exige muita vontade e muito treino. Ser uma boa laçadora, assim como um bom laçador não acontece a curto prazo. Precisa de dedicação, perseverança e participação constante nas provas”.
Com o coração de mãe cheio de carinho, Dona Nina finaliza desejando às meninas que “treinem, que acreditem e que compareçam nas provas. As portas estão cada vez mais abertas para essa modalidade. Acreditem, pois só com o aumento de participantes vamos ver o Breakaway crescer e se solidificar!”
Reconhecimento
Para Anália Fonseca, que conheceu o Breakaway em 2015 e pratica desde então, falar de Dona Nina é, principalmente, uma honra. “Quando fomos apresentadas em 2015, percebi que estava conversando com uma pessoa especial. Ela é inteligente, educada e uma visionária. Essa foi a impressão que me passou nos cinco primeiros minutos de conversa em Avaré na pista de Laço”, recorda.
A afinidade foi imediata, de tal forma, que as duas permanecem amigas e em contato até hoje. “Nossas conversas são constantes. Sempre muito aprendizado, incentivo e muito chacoalhão também. Dona Nina sempre tem uma palavra de bom senso na hora certa. Desde a fundação da Comissão do Breakaway Roping, ela se colocou como conselheira. Contudo, foi além, ela é a nossa ‘Madrinha’”.
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Assim também sente Lucy Fazzio, que como Anália, é uma das laçadoras atuantes no esporte, não só dentro, como fora das pistas também. “Estou no esporte há dois anos, nova para um esporte que já está a quase oito anos no Brasil. Mas posso falar com propriedade que a D. Nina é a pessoa que mais apoia a nossa modalidade”.
Lucy organiza provas e campeonatos junto com algumas associações de Laço Individual e tem sempre o apoio incondicional da ‘Madrinha’ do Breakaway. “Vejo o carinho dela com todas, sempre pronta a ouvir e encontrar uma solução para as dúvidas e dificuldades das meninas. Realmente, ela é fantástica e de muita importância para o Breakaway Roping. Uma querida por todos, de um coração gigante.”
Obrigada, Dona Nina!
Por Luciana Omena
Colaboração: Lucy Fazzio
Fotos: Cedidas