Evento encerrou seletivas do Sul-americano da Juventude 2019
O Campeonato Brasileiro da Juventude agitou o Clube Hípico de Santo Amaro, na capital paulista, durante cinco dias. Entre 10 e 14 de julho, foram definidos cinco títulos nas categorias de base de alto rendimento: junior (14 a 18 anos) – 1.40m, pré-junior (14 a 16 anos) – 1.30 metro, mirim (12 a 14 anos) – 1.20 metro, pré-mirim (11 a 13 anos) – 1.10 metro e mini-mirim (8 a 11 anos), 1 metro. Houve participação de 177 conjuntos, de nada menos que 14 estados brasileiros.
Ronaldo Bittencourt Filho, presidente da Confederação Brasileira de Hipismo, Caio Sérgio de Carvalho, diretor das categorias de base da CBH, e Pedro Paulo Lacerda, diretor de Salto da CBH, acompanharam de perto a disputa. Provas valeram também como última seletiva e observatória para formação dos Times Brasil – dois por categoria – rumo ao Sul-americano da Juventude. A edição 2019 acontece no Paraguai, entre 16 e 22 de setembro.
A primeira fase de seletivas contou com quatro concursos e a segunda fase foi o Campeonato Brasileiro. Falta agora apenas o da categoria Young Riders (16 a 21 anos), a 1.45m, que acontece no Rio de Janeiro, entre 25 e 28 de julho.
“Achei o Campeonato Brasileiro muito bom e cada vez mostra mais a importância das seletivas. A gente observa que as seletivas preparam muito bem o pessoal para chegar ao Campeonato Brasileiro que, por sua vez, vale como prévia para o Sul-americano. Então eu acho que esse modelo tem dado muito certo”, ponderou Caio Sérgio de Carvalho, que acompanha a evolução e bem sucedida campanha da nata jovem do hipismo em Sul-americanos há mais de dez anos. O Brasil é líder absoluto do quadro de medalhas na competição.
“Os resultados que temos conquistado vêm muito em função desse processo com boa armação e crescente grau de dificuldade dos percursos nas seletivas. No Campeonato Brasileiro temos um confronto direto entre os cavaleiros e as mesmas características do Sul-americano. Nas seletivas sempre é possível descartar um percurso e no Brasileiro não, assim podemos observar ainda melhor os conjuntos”, acrescentou o dirigente.
Vale destacar que os campeões brasileiros 2019 e demais classificados em sua grande maioria trazem na bagagem títulos em categorias anteriores. E até na mesma, reafirmando a importância do trabalho junto às categorias de base e constante renovação na formação de novos cavaleiros e amazonas de ponta. Nas provas finais todas as disputas têm altura elevada em 5 centímetros.
Na categoria junior (14 a 18 anos), a 1.45 metro, dos 18 conjuntos que disputaram a primeira parcial, 16 foram para a terceira e última prova sob dois percursos. Ao final, somente a paulista Carolina Chade, a Cacá, montando Flying High das Umburanas, garantiu duplo zero, sagrando-se vencedora da prova e do campeonato sem um único derrube. Totalizando apenas 1,71 pontos perdidos (pp) trazidos da primeira parcial.
Na pré-junior (14 a 16 anos), a 1.35 metro, o alto nível técnico marcou a final da categoria. Dos 51 conjuntos na primeira parcial, 31 disputaram a final e nada menos que quatro conjuntos fecharam com menos de uma falta. Sagrou-se campeã a amazona do interior paulista Maria Luiza da Silva Martha Viera, a Malu. Campeã sul-americana pré-junior 2018, conquistou seu primeiro título brasileiro. Montando Arica du Caillou, fechou o campeonato com apenas 0.64 pontos perdidos (pp), trazidos da primeira.
Dos 30 conjuntos, 19 foram a terceira e última prova da categoria mirim (12 a 14), a 1.25 metro. Entre os cinco conjuntos que vinham zerados após segunda parcial, dois mantiveram-se sem faltas após o segundo percurso da prova final. Camila Ribeiro, com Impressiv JMen, abriu o desempate com percurso limpo em 30s46, resultado que viria a lhe garantir o vice-campeonato. Felipe Ferreira entrou depois e partiu com tudo. Em atuação perfeita com CS Witch conquistou o título brasileiro conduzindo CS Witch, pista limpa, 29s30.
Pela pré-mirim (11 a 13 anos), dos 34 que largaram na primeira parcial, 22 habilitaram-se para a final individual, a 1.15 metro. Após a segunda parcial, quatro estava zerados, mas final da terceira prova teve desempate na corrida pelo título. Dos quatro jovens talentos empatados com 4 pontos, sagrou-se campeão mineiro Henrique Dias Renno Silva montando Oracle Tok, sem faltas, 31s25.
Finalmente, no mini-mirim, dos 44 conjuntos que largaram na primeira parcial, 28 foram para a final individual, a 1.05 metro. Sete mantiveram-se zerados após a terceira prova, levando a decisão a um emocionante desempate. O tempo ideal – 43 segundos – foi mantido oculto. Cinco conjuntos voltaram a zerar no desempate e ao final com tempo revelado a amazona de São Paulo Raffaella Frugoli de Salles, comemorou seu primeiro título brasileiro. Montando MC Fortuna Lutz, a amazona que fazia Volteio, registrou 43s03.
Colaboração: Assessoria de Imprensa CBH
Resultados completos: FHP
Fotos: Luis Ruas
